Aprendizado e descoberta 5min de Leitura - 10 de fevereiro de 2020

Entenda os principais riscos associados ao uso da internet por crianças e adolescentes

Criança usando notebook.

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Com tanta tecnologia presente no nosso dia a dia, as crianças estão cada vez mais expostas ao mundo online. Esse mundo apresenta uma série de riscos para os pequenos. Você sabe quais são eles?

Apesar de trazer muitos benefícios e facilitar a nossa vida, a internet traz inúmeros riscos. Principalmente para as crianças.

Impedi-los de utilizar é praticamente impossível e também não recomendável, pois a tecnologia pode auxiliar no desenvolvimento da criança. Porém, os pais precisam estar atentos e tomar alguns cuidados para que seus filhos não se tornem vítimas de cibercriminosos.

Continue a leitura e saiba quais são os principais riscos associados ao uso da internet por crianças e adolescentes.

Internet

A internet surgiu em 1969, nos Estados Unidos. No início, ela servia apenas para interligar laboratórios de pesquisa.

Somente anos mais tarde a internet chegou as residências. Com tanto avanço da tecnologia, ela se tornou fundamental no dia a dia das pessoas.

Hoje, ninguém mais vive sem internet, isso inclui as crianças e adolescentes, que muitas vezes fazem mais uso do que os adultos.

Com tanto acesso à informação, os pais precisam monitorar seus filhos, pois muitos são os riscos aos quais eles estão expostos.

Apresentaremos os principais riscos oferecidos e também alguns cuidados que os pais devem tomar no decorrer deste conteúdo.

Riscos

Criança notebook

 

Cyberbullying

Assédio e agressão por meio de novas tecnologias, com intenção de propagar mensagens ou imagens de maneira massiva.

A rápida propagação e sua permanência na internet aumentam a agressão contra a vítima.

Você pode ler mais sobre cyberbullying aqui.

Exploração e abuso sexual na internet

Todo e qualquer ato de natureza sexual cometido contra uma criança ou adolescente através do uso da internet. O intuito dessa prática inicia com o aliciamento de crianças e jovens, culminando em crimes de variados tipos.

Prostituição, disseminação de imagens ou materiais pornográficos, são apenas alguns exemplos de atitudes associadas a exploração infantil potencializada pela internet.

Exposição a conteúdos inapropriados

Exposição de crianças e adolescentes, intencionalmente ou acidentalmente, a conteúdos violentos, de natureza sexual ou que gerem ódio.

Esse tipo de exposição pode gerar traumas, muitas vezes difíceis de serem superados por crianças e adolescente.

Grooming

O grooming não é um termo muito conhecido, mas sua prática sim.

Realizado sempre por adultos, o grooming consiste em ganhar a confiança de uma criança ou adolescente na internet. O propósito é abusar ou explorar sexualmente.

O assediador procura ganhar a confiança da criança ou adolescente, fazendo com que lhe entregue material sexual a fim de promover chantagem.

Boa parte das vezes, os mesmos se passam por crianças, para efetivar este tipo de ação.

Sexting e Sextorsão

Autoprodução de imagens sexuais, onde as imagens e vídeos são enviadas para pessoas mal-intencionadas e/ou aliciadores.

Pode ser considerado uma forma de assédio sexual, uma vez que a criança é pressionada a enviar tal tipo de conteúdo.

Geralmente o agressor propaga os dados sem consentimento do menor.

Uma variação do Sexting e a Sextorsão, cujo objetivo é obter conteúdo sexual e promover chantagem. Os agressores ameaçam publicar as fotos e vídeos obtidas, caso o menor não siga as orientações repassadas por ele.

Tempo excessivo usando tecnologia e internet

Crianças e adolescentes menores de 13 anos tem maior suscetibilidade a desenvolverem dependência da tecnologia e internet.

A dependência ocorre principalmente quando o jovem não consegue se divertir com outra coisa que não seja o celular ou computador. Ele não vê graça em sair, passear com a família e interagir com os amigos fora do ambiente virtual.

Os pais devem ficar alertas, pois o uso excessivo da internet e tecnologia, além do vício, pode aumentar o risco de o jovem desenvolver TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade).

Referente ao vício por tecnologia e internet, vale ressaltar dois dos grandes vilões:

Vício em jogos

Jogos online podem trazer diversos benefícios para o desenvolvimento cognitivo e até mesmo para o aprendizado de outras línguas.

Porém, seu excesso pode fazer mal, trazendo sérias consequências para a saúde e levando as crianças e adolescentes ao vício.

A diversão passa a ser doença quando o menor passa a ter dificuldade em parar de jogar e quando dá prioridade excessiva aos jogos.

O vício em jogos online é caracterizado como uma doença e é tratado com a mesma seriedade que um dependente químico, por exemplo.

Vício em redes sociais

As redes sociais podem aproximar as pessoas e facilitar a comunicação, porém, assim como os jogos, podem causar vícios, além de serem os locais preferidos para a ação de crimes virtuais, tais como os citados neste conteúdo.

Alguns cuidados para manter crianças e adolescentes seguros na internet

Os riscos apresentados não são os únicos aos quais as crianças estão expostas, existem muitos outros. Por isso, tomar algumas precauções é tão importante.

Converse com seu filho e oriente sobre privacidade

O diálogo é fundamental em qualquer relacionamento e situação. Não é sempre que os pais podem monitorar tão de perto o que os filhos estão fazendo na internet. Portanto, é importante que haja abertura para conversar sobre comportamentos e pessoas a serem evitados nas redes.

Oriente-os a não expor informações privadas e nem expor detalhes sobre sua vida pessoal.

Utiliza aplicativos que facilitem seu monitoramento

Existem centenas de aplicativos que auxiliam os pais a monitorar seus filhos. Muitos deles limitam tempo de uso à aplicativos e bloqueiam conteúdos inapropriados para crianças e adolescentes.

Instale firewalls, antivírus e filtros de conteúdos

Para reduzir as chances de sucesso de alguns dos crimes citados é importante que pais e responsáveis tomem medidas simples de segurança, tais como:

Instale firewalls e antivírus em todos os dispositivos que possuam conectividade com à internet e são utilizados por crianças e adolescentes (celulares, tablets, notebooks etc).

O firewall protege os dispositivos contra malwares, que são código ou programas maliciosos que visam capturar dados ou causar outros danos ao dispositivo.

Antivírus são programas projetados para detectar e remover vírus ou softwares mal-intencionados instalados no dispositivo.

Sempre que possível, busque por softwares ou aplicativos que possibilitem filtragem de conteúdo evitando que os menores tenham acesso a sites ou aplicações nocivas.

É importante reforçar que a instalação de softwares de segurança é apenas mais uma barreira, para evitar alguns tipos de ocorrências indesejadas. O diálogo e o estabelecimento de regras claras para o uso da internet, continuam sendo os melhores caminhos para garantir a segurança.

O uso da internet por crianças e adolescentes é muito comum nos dias de hoje. A internet e a tecnologia são ferramentas que elevam o processo de aprendizado e devem estar presentes no cotidiano das crianças.

Contudo, é importante tomar medidas para que alguns riscos sejam evitados, principalmente aqueles descritos nos parágrafos anteriores.

Refletir sobre os riscos associados à internet, assim como mecanismos básicos para tentar minimizá-los é o primeiro passo a ser dados por pais e responsáveis, rumo a formação de cidadãos digitais menos suscetíveis a tantas ameaças.

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