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Por mais que a tecnologia evolua e se torne mais segura e eficiente, a prática de realizar backups segue com uma importância gigantesca. Em empresas, isso é ainda mais crucial, pois pode significar a continuidade dos negócios caso sofra um ataque virtual. E tem ainda a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que define que a segurança dos dados coletados é de responsabilidade da empresa. Assim, qualquer vazamento ou perda de informações pode impactar a reputação do negócio. Isso resulta em multas e sanções que podem ser pesadas, o que aumenta ainda mais a importância do tema.
Entretanto, fazer backup em empresas é algo que vai além de instalar um software e copiar os arquivos para outro lugar. Até porque envolve sistemas mais complexos, como as virtual machines (máquina virtual), cujo backup tem suas próprias características.
Assim, é necessária uma pesquisa completa do ambiente, das demandas, das capacidades e um monitoramento ininterrupto, bem como testes de restauração constantes e gestão de riscos durante o período de uso. Dessa maneira, antes de realizar o backup de uma VM (virtual machine), deve-se entender que algumas práticas das máquinas convencionais não se aplicam às virtuais.
Exemplo: quando se faz cópia de segurança de servidores físicos tradicionais, é normal instalar um agente de backup no sistema operacional convidado. Então, o servidor de backup aciona o agente, no momento de iniciar o backup – algo que não é eficaz nos ambientes virtuais. Afinal, consome recursos na VM sem necessidade, e impacta o desempenho dela e de todas as outras virtual machines no host.
Assim, o ideal é que a ferramenta de backup da máquina virtual possa fazer o seu trabalho na camada de virtualização. Ou seja, usar uma solução que executa backups de nível de imagem .vmdk sem envolver o SO convidado. Dessa maneira, o recurso garantirá que as virtual machines permaneçam com todos os recursos que precisam para realizar seu trabalho.
Executando os backups
Ainda assim, a execução do backup pode prejudicar os recursos em um host da máquina virtual, afetando o desempenho das outras máquinas virtuais no host. Por isso, é necessário criar um cronograma de backups, evitando sobrecargas no host da VM. Neste sentido, a indicação é executar backups fora do horário comercial, e evitar realizar o procedimento em muitas máquinas virtuais no mesmo host simultaneamente. Nesse contexto, é importante criar agendas de backups, para que se possa equilibrar o uso de seus recursos.
Outro ponto crucial é checar se existe espaço de armazenamento adequado – algo tão básico quanto essencial. A existência de recursos corretos de CPU e memória é crítica e pode afetar o tempo que o backup leva pra ser feito. É fundamental então seguir as recomendações de hardware do fornecedor da ferramenta de backup.
Do mesmo modo, não se deve usar um único lugar para armazenar os backups e demais dados confidenciais da empresa. O motivo é que qualquer problema que ocorrer nesse repositório não só impedirá o acesso aos dados, mas também a todos os backups de máquinas virtuais.
O custo por gigabyte armazenado está cada vez menor com a evolução do armazenamento em nuvem. É mais seguro então isolar os dados de produção e backup, e também ter um backup externo para ambos. É como uma nova versão para o ditado “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.
Contudo, existe aqui um ponto de atenção: ao fazer o backup de uma VM com bancos de dados e servidores de e-mail, é fundamental fechá-los, pois precisam estar no estado correto para serem copiados. Isso garante que o servidor esteja em um modo adequado para que nenhum dado seja perdido se uma restauração for necessária.
Seja como for, o backup segue como uma das maiores preocupações de qualquer empresa. Em ambientes virtualizados, a proliferação de máquinas virtuais aumenta os riscos, já que significam mais dados, aplicações, serviços e áreas de negócio que podem ser afetadas em caso de falhas e perda de arquivos.
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