Geral 2min de Leitura - 13 de abril de 2020

Os esforços para proteger de hackers as possíveis soluções contra o Coronavírus

Mãos com luvas segurando um tubo de ensaio com uma etiqueta.

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Especialistas dos EUA e de Israel comentam as mudanças que a pandemia trouxe nas linhas de defesa e comportamento.

Aspectos importantes do trabalho de Israel para desenvolver uma vacina contra o novo Coronavírus estão em rede e são vulneráveis a uma variedade de ataques cibernéticos, segundo o chefe da Direção Nacional Cibernética de Israel (INCD), Yigal Unna.

O órgão comandado por ele tem feito esforços extras para proteger da ação de hackers diversas indústrias do setor de saúde com a crescente onda de iniciativas online maliciosas vindas com a pandemia.

Houve uma mudança repentina na qual os dezenas de novos processos em rede foram implementados para rastrear, entrar em contato, gerenciar pessoas doentes e também os casos suspeitos.

Com isso, formou-se uma base de dados que aumentou de tamanho rapidamente e exigiu uma expansão igualmente maciça na defesa cibernética. Alguns desses processos chegam a um nível diferenciado de complexidade.

O motivo é que existem indústrias bélicas que estão convertendo partes de seus esforços para trabalhar no setor de saúde pública, que é mais exposto e aberto do que a sua área de atuação original. Afinal, a atual situação demanda o compartilhamento de informações sobre o combate a COVID-19.

A questão é tão importante que foi adiado por uma semana o lançamento de um programa que o Ministério da Saúde local vai usar para enviar alertas relacionados ao Coronavírus – tudo para poder se concentrar em questões de defesa cibernética e privacidade.

Yigal Unna falou também sobre o Op-Israel, o nome dado a uma campanha de ciberataques realizados por hackers contra Israel anualmente durante o feriado da Páscoa.

No passado, muitos deles costumavam se identificar com o grupo anárquico internacional Anonymous e com equipes de hackers pró-palestinos, atacando sites da Internet israelense com o objetivo de desconectar Israel do mundo cibernético.

Mesmo que nunca tenham conseguido, suas tentativas anteriores parecem ter causado maiores medos em comparação com as garantias de Unna de que tinha a situação sob controle.

Esforços extras

O comprometimento e dedicação de Unna segue um raciocínio semelhante ao do ex-chefe da NSA, Mike Rogers, que hoje é diretor de comando cibernético dos EUA.

Para ele, aqueles que previam que o Coronavírus mudaria permanentemente a maneira como o mundo funciona estavam corretos, mas que as pessoas deveriam dedicar mais tempo para julgar quais seriam essas mudanças.

Rogers disse que, embora a crise seja sem precedentes, o período em que ficou lidando com crises de segurança nacional o ensinou que é importante avaliar questões e visões mais amplas sobre quais são os objetivos de uma empresa ou sociedade.

Ao elogiar as entidades e os países por sua rápida adaptação à vida na era da pandemia, ele disse que nem todas as novas maneiras de fazer as coisas rapidamente são as ideais. “Precisamos de um período de transição, em que seria necessário operar sistemas antigos e novos, com diversas maneiras de pensar e agir, até que o equilíbrio certo seja alcançado”, detalha.

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