CVE 2min de Leitura - 04 de fevereiro de 2025

CVE-2020-11023: Vulnerabilidade XSS no jQuery está sendo explorada ativamente

CVE-2020-11023

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A CVE-2020-11023 é uma vulnerabilidade de Cross-Site Scripting (XSS) identificada na biblioteca JavaScript jQuery, uma das mais utilizadas no desenvolvimento web. Apesar de ter sido descoberta e corrigida em 2020, essa falha voltou a chamar atenção recentemente, pois está sendo ativamente explorada por atacantes.

O problema está relacionado à maneira como a biblioteca processa determinados elementos HTML, permitindo que agentes mal-intencionados injetem e executem código malicioso nos navegadores das vítimas.

Com a adição da CVE-2020-11023 ao catálogo de vulnerabilidades exploradas da CISA, reforça-se a necessidade de atenção e correção desse problema, especialmente em sistemas que ainda utilizam versões vulneráveis do jQuery.

Produtos afetados

A falha está presente em versões do jQuery anteriores à 3.5.0. Como essa biblioteca é amplamente utilizada por sites, aplicações e frameworks, diversos produtos podem estar expostos ao risco caso não tenham sido atualizados corretamente. Muitas plataformas integram o jQuery como dependência, o que pode dificultar a detecção e mitigação do problema.

Organizações que utilizam jQuery devem verificar suas implementações para garantir que não estejam executando versões vulneráveis. Além disso, aplicações desenvolvidas por terceiros, como sistemas de gerenciamento de conteúdo (CMS) e outras ferramentas baseadas na web, podem ser afetadas caso não tenham sido devidamente atualizadas.

Entendendo a CVE-2020-11023

Essa vulnerabilidade foi classificada com uma pontuação CVSS de 6.1, sendo considerada de severidade média. O problema ocorre devido ao processamento inadequado de elementos

A falha se enquadra na CWE-79 (Neutralização imprópria de entrada durante a geração de página da Web, conhecida como Cross-Site Scripting). No contexto da CVE-2020-11023, o jQuery não realizava a sanitização correta ao inserir conteúdo HTML dinâmico contendo

Exploração ativa

Embora essa vulnerabilidade tenha sido descoberta há quase cinco anos, a exploração ativa recente chamou a atenção das autoridades de segurança. A CISA incluiu a CVE-2020-11023 em seu catálogo de vulnerabilidades conhecidas exploradas, indicando que atores maliciosos estão tirando proveito dela para comprometer sistemas vulneráveis. Relatórios sugerem que grupos APT (Advanced Persistent Threat), possivelmente associados a cibercriminosos chineses, estão explorando essa falha para atingir alvos específicos.

A exploração de vulnerabilidades antigas não é incomum no cenário da cibersegurança, especialmente quando se trata de falhas em componentes amplamente utilizados e nem sempre atualizados. Muitos sites e aplicações continuam executando versões vulneráveis do jQuery sem perceber, tornando-se alvos fáceis para ataques.

Necessidade de correção e mitigação

Dado o cenário de exploração ativa, é fundamental que administradores e desenvolvedores tomem medidas para corrigir essa falha. A solução mais eficaz é atualizar o jQuery para a versão 3.5.0 ou posterior, onde a vulnerabilidade foi corrigida.

Além da atualização da biblioteca, boas práticas de segurança devem ser adotadas para evitar ataques XSS, incluindo:

  • Sanitização de entradas do usuário antes de serem inseridas no DOM.
  • Uso de bibliotecas especializadas na neutralização de código malicioso, como DOMPurify.
  • Implementação de Content Security Policy (CSP) para restringir a execução de scripts não autorizados.

Apesar de já existir uma correção, a persistência dessa falha em ambientes produtivos ressalta a importância da atualização contínua e das boas práticas de segurança.

Atualizar componentes e reforçar medidas de proteção contra XSS são passos essenciais para manter aplicações seguras e minimizar riscos de exploração.

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