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Aplicativo enfatiza que não pode ver mensagens privadas, mas sim de interações de usuários com empresas para melhorar a experiência com anúncios.
Pelo tamanho que já conquistou no Brasil e no mundo, mudanças no WhatsApp costumam gerar muitos comentários. A mais recente, porém, trouxe bastante polêmica.
Houve um verdadeiro alvoroço sobre uma atualização da política de privacidade, e o aplicativo resolveu trazer mais esclarecimentos. Entre eles, reforça que não obriga usuários a compartilhar dados de perfil, números de telefone e dados de diagnóstico com o Facebook.
Surgiram, inclusive, boatos nas redes sociais sobre a tal mudança de política que levaram muitas pessoas a migrarem para o Signal, um concorrente recomendado por muitos especialistas em segurança. O Signal também fornece o protocolo de criptografia de ponta a ponta que o WhatsApp usa. O Telegram também afirmou ter conquistado 25 milhões de novos usuários nos últimos três dias, levando seu número para mais de 500 milhões.
O texto do WhatsApp na notificação sobre sua atualização de privacidade dizia que os usuários deveriam aceitar a atualização da política após 8 de fevereiro, e sugeria que uma alternativa seria excluir a conta. A política anterior do WhatsApp permitia aos usuários cancelar a maior parte do compartilhamento de dados do usuário com o Facebook.
O que muda de fato
O Facebook agora explicou que as mudanças de política, que entram em vigor em 8 de fevereiro, são na verdade sobre usuários do WhatsApp enviando mensagens para empresas. “A mudança é opcional, e fornece mais transparência sobre como coletamos e usamos dados”, diz o comunicado. A companhia deixou claro que a atualização da política não afeta a privacidade das mensagens com amigos ou familiares.
O WhatsApp enfatizou que o Facebook não pode ver mensagens privadas do WhatsApp, e nem o próprio WhatsApp pode, por causa da criptografia de ponta a ponta. Além disso, nenhum dos dois serviços podem ver as localizações dos usuários compartilhadas entre si. “Não compartilhamos os contatos dos usuários com o Facebook ou outros aplicativos”, diz o WhatsApp em um comunicado.
Esse mesmo comunicado explica algumas situações em que os dados e comunicações do usuário do WhatsApp podem acabar nos servidores do Facebook. Contudo, são limitados a comunicações com empresas. Essas interações podem ser usadas para direcionar anúncios que o usuário vê no Facebook. O app de mensagens explica que está “dando às empresas a opção de usar serviços de hospedagem seguros do Facebook para gerenciar bate-papos do WhatsApp com seus clientes, responder a perguntas e enviar informações úteis, como recibos de compra”.
Além disso, com os recursos de comércio do Facebook, como Lojas, o Facebook está permitindo que as empresas exibam seus produtos no WhatsApp. O Face diz que, quando os usuários do WhatsApp optam por usar esses recursos, informará aos usuários do Whats como os dados de uma pessoa estão sendo compartilhados com o Facebook. Outra maneira é por meio de anúncios no Facebook com um botão para enviar mensagens a uma empresa usando o WhatsApp.
O assunto é, e sempre será, polêmico. Afinal, envolve dados sigilosos e lida com a segurança digital. As próximas atualizações, contudo, devem ser comunicadas com mais clareza, evitando um êxodo desnecessário de usuários para outros serviços – bem como o surgimento de boatos em larga escala.
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