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Funcionários em home office têm mostrado pouca preocupação com a segurança das senhas durante a pandemia.
Os trabalhadores remotos podem estar colocando suas contas pessoais e comerciais em risco por causa da falta de segurança das senhas, de acordo com novos estudos divulgados no Dia Mundial da Senha, comemorado em 7 de maio.
A data existe para lembrar os usuários da importância de usar credenciais fortes e exclusivas – preferencialmente combinando com a autenticação multifatorial (MFA) – e armazená-las com segurança.
É algo que ganhou relevância ainda maior no atual contexto, no qual milhares de colaboradores estão atuando em home office por conta da pandemia de Covid-19.
No entanto, um estudo global da OneLogin com 5000 funcionários remotos da Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda e EUA descobriu que cerca de um sexto (17%) compartilha sua senha de dispositivos de trabalho com o cônjuge ou filhos. Mais de um terço (36%) admitiu não ter alterado sua senha de Wi-Fi residencial há mais de um ano.
Esse percentual chega a 50% no Reino Unido, com o mesmo número de britânicos não alterando a senha do equipamento desde que começaram a trabalhar em casa. Basicamente trouxeram os computadores das empresas para as suas residências – ou usam os seus próprios – adotando os mesmos procedimentos de segurança que utilizam nos seus equipamentos pessoais – que tendem a ser insuficientes.
Apesar dos resultados preocupantes, o estudo mostra como é essencial certificar-se que apenas as pessoas certas acessem os dados internos e dos clientes. E mais: ressalta a importância de seguir as práticas recomendadas de privacidade e segurança.
Há outro estudo, da CallSign com quase 4500 adultos nos EUA e no Reino Unido, que descobriu que mais da metade (54%) não tem planos de atualizar seus logins de trabalho para o acesso remoto, apesar de 60% terem recebido informações e ferramentas para fazer isso.
Por outro lado, uma pesquisa do Centrify afirmou que mais de dois terços (70%) das empresas do Reino Unido estão usando autenticação multifatorial e redes privadas virtuais (VPNs) para melhorar a segurança do trabalho remoto.
Rituais seguros
Senhas fortes são aquelas com considerável extensão, cerca de 10 caracteres, e que incluem letras maiúsculas com minúsculas – além de números e caracteres especiais, se o sistema permitir. Ainda assim, não devem formar nomes, sobrenomes ou palavras de fácil dedução, que podem ser decodificadas mais rapidamente.
É importante também adotar um calendário de substituição frequente de senhas, e evitar ter o mesmo password para o e-mail e as redes sociais, por exemplo. Ou seja, nada de usar uma única senha para tudo.
São dicas que muitos usuários conhecem, mas não adotam por acreditar que deixam mais complicado o acesso e também a memorização das novas senhas.
Porém, com o trabalho remoto, o que está em jogo não são “apenas” os arquivos pessoais, mas também os dados das empresas e de seus clientes. Um cuidado triplicado, que pede uma atenção maior às senhas – que valem ouro nas mãos de hackers, os únicos que comemoram a existência das senhas fracas.
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