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Suspenso em junho do ano passado, serviço de pagamentos do aplicativo foi relançado após meses de tentativas.
Tão famoso quanto polêmico, um dos apps mais utilizados no Brasil enfrentou uma verdadeira saga até conseguir lançar sua plataforma de pagamentos. O serviço se chama WhatsApp Pay, e foi finalmente aprovado quase um ano após sua suspensão. Na época, teve que lidar com o que órgãos públicos tratavam como potenciais ameaças ao sistema financeiro nacional.
O relançamento anunciado nesta semana segue a autorização do Banco Central do Brasil, recebida pelo Facebook – dono do WhatsApp – no final de março. Tal aprovação veio após meses de testes e avaliações referentes a aspectos como privacidade e concorrência de mercado.
Dessa maneira, o WhatsApp Pay estará disponível inicialmente para pessoas físicas, mas já existem planos de oferecer o serviço para empresas no futuro.
Aos poucos
Com o novo serviço, os usuários poderão enviar dinheiro entre si através das redes Visa e Mastercard, com pagamentos processados pela Cielo. Assim, espera-se que o Facebook implemente a plataforma em fases, com previsão de concluir todo o processo no segundo semestre deste ano. Dessa maneira, a ideia é que ainda em 2021 toda a base de 120 milhões de usuários no Brasil seja completamente atendida.
No começo, o serviço será disponibilizado para clientes com cartões de débito ou pré-pagos emitidos por alguns dos maiores bancos do Brasil. Entram nessa lista nomes como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, além de novatos como Nubank e Banco Inter. Há também o Mercado Livre, executando parte do seu plano de ampliar a presença no mercado de serviços financeiros. Os usuários poderão enviar até R$ 1.000 por dia e receber até 20 transações diárias, com um limite mensal de R$ 5.000.
O lançamento do WhatsApp Pay segue a introdução do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, e ajuda os emissores de cartões a enfrentar a crescente competição e desenvolver suas ofertas em uma plataforma de pagamentos instantâneos. O WhatsApp é o aplicativo móvel que os brasileiros usam com mais frequência e por mais tempo, de acordo com uma pesquisa conjunta da Mobile Time e da Opinion Box, publicada em dezembro de 2020.
A introdução do serviço no país ocorre em meio a preocupações com a privacidade em relação à próxima atualização de segurança do WhatsApp, prevista para entrar em vigor no dia 15 de maio. No mês passado, o órgão de proteção ao consumidor IDEC notificou vários órgãos com perguntas que considerou pertinentes sobre os direitos de privacidade e proteção de dados. Nesse contexto, não é de se espantar se a saga do WhatsApp ganhar novos capítulos no Brasil.
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