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Canal atingiu 51% do total, chegando a quase 53 bilhões de transações no Brasil – em um cenário que reforça a importância da segurança digital.
Apesar de tão presentes no cotidiano, as operações bancárias via celular no Brasil ainda não eram a maioria no contexto geral – apesar de serem uma realidade há muito tempo. Mas 2021 será lembrado também por ser o ano em que isso mudou.
Na realidade, isso já aconteceu em 2020, mas os dados que provam essa mudança só se tornaram conhecidos no mês passado. Vieram à tona através da pesquisa anual de tendências de tecnologia em bancos da Associação Brasileira de Bancos (Febraban ) realizada pela Deloitte.
Foi com esse documento que se descobriu que o canal mobile já representa mais da metade (51%) das transações bancárias realizadas no ano passado, o equivalente a 52,9 bilhões de operações, diante de 37 bilhões em 2019. Considerando todos os canais – mobile, internet banking, terminais de ponto de venda, agências, caixas eletrônicos, representantes bancários e contact centers – o total de transações atingiu 103,56 bilhões em 2020, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
Segundo o estudo, internet e mobile banking representam juntos 67% do total de transações. Ambos os canais respondem por 8 em cada 10 pagamentos de contas no Brasil e 9 em cada 10 contratos de crédito.
Mais contas virtuais
Quando o assunto é a abertura de contas via canais digitais, 8 dos 21 bancos pesquisados informaram que surgiram 7,6 milhões de novas contas bancárias – um aumento de 90% em relação a 2019. O número de contas de mobile banking ativas mais que dobrou em 2020 em relação às anteriores, indo de 92,4 milhões para 198,2 milhões.
Como resultado da ajuda emergencial do governo, fornecida a cidadãos financeiramente vulneráveis por conta da pandemia, cerca de 70 milhões de novas contas foram abertas por pessoas que não tinham acesso ao banco por meio de canais móveis.
Contudo, mesmo sem considerar o socorro emergencial, o crescimento do mobile banking teria sido de 39% em 2020. Segundo a pesquisa, usuários “pesados” do mobile banking no Brasil – aqueles que realizam mais de 80% de suas operações bancárias através de um único canal – tiveram um aumento de 113%, passando de 35,7 milhões para 76,3 milhões no ano passado.
As operações que envolvem dinheiro por meio do mobile banking também tiveram aumento de 64% em 2020, de acordo com o estudo. Os investimentos através desse canal aumentaram 63%, bem como as transferências de dinheiro (60%), pagamentos de contas (51%) e contratos de crédito (44%).
A implantação do sistema de pagamentos instantâneos Pix, em novembro passado, também contribuiu para o aumento da utilização de serviços financeiros por meio de serviços digitais no Brasil. As transações por meio do Pix chegaram a 59,2 milhões em novembro de 2020, número esse que subiu para 338,2 milhões em março de 2021.
Nesse contexto, a segurança digital ganha uma importância sem precedentes. Afinal, a praticidade que os canais digitais trazem vem acompanhada das dezenas de riscos digitais envolvidos – com crackers de olho nas oportunidades de aplicar golpes. Assim, espera-se que toda essa expansão apresentada represente também evoluções em segurança, que é o que vai garantir eventuais crescimentos nos próximos anos.
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