Geral 2min de Leitura - 30 de julho de 2021

Google Play Protect: app de segurança do Google falha em testes

aplicativo Google Play Protect

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Google Play Protect identifica apenas dois terços dos vírus testados, além de errar ao considerar apps inofensivos como maliciosos.

Em muitas escolas e universidades, quem não atinge a média 7 nas provas não é aprovado. E – com sua nota 6,8 – pode-se dizer que foi reprovado o sistema de defesa do Google contra malwares. Trata-se do Google Play Protect, que é embutido no Android e fracassou nos testes do laboratório de antivírus AV-TEST. O sistema detectou pouco mais de dois terços dos 20.000 aplicativos maliciosos contra os quais foi testado.

Comparações à parte, ainda que tivesse a tal nota 7, o quadro continuaria preocupante. Afinal, é a proteção contra malware integrada em mais de 2,5 bilhões de dispositivos Android ativos em todo o mundo – a qual espera-se que funcione em percentuais próximos de cem. Nesse contexto, de acordo com os resultados do AV-TEST, a solução de proteção contra ameaças móveis do Google ficou em último lugar entre 15 aplicativos de segurança, testados entre janeiro e junho deste ano.

Mesmo que sempre execute e verifique todos os aplicativos instalados e iniciados no dispositivo, o teste de resistência revelou que o sistema não oferece uma segurança de fato confiável, já que todos os outros aplicativos de segurança testados ficaram à frente do Google Play Protect.

Os testes em si

Na realidade, as avaliações se basearam em três rodadas de testes. Cada uma comparou o desempenho dos apps contra mais de 3.000 malwares recém-descobertos (até 24 horas) e um conjunto de referência de mais de 3.000 outras amostras descobertas em até um mês.

Cinco aplicativos detectaram todos os invasores 100% das vezes no teste em tempo real e no teste com o conjunto de referência. Terminando em último lugar, o Google Play Protect identificou apenas 68,8% no teste em tempo real e 76,6% no teste com o conjunto de referências.

De todos os aplicativos de segurança móvel testados, Bitdefender, G DATA, McAfee, NortonLifeLock e Trend Micro foram os que atingiram uma taxa de detecção de 100%. O Google Play Protect também considerou por engano 70 aplicativos como potencialmente maliciosos entre quase 10.000 inofensivos instalados pelo AV-TEST da Play Store e lojas de aplicativos Android de terceiros.

Troca imediata

Uma vez que a solução de proteção contra malware integrada do Android falhou em detectar mais de um terço das 20.000 amostras de malware lançadas durante os testes, o AV-TEST aconselha os usuários a usar um segundo app de segurança para bloquear malwares que escapem das defesas do Play Protect. Dessa maneira, seria como precisar usar um colete a prova de balas em cima de outro colete a prova de balas.

Apesar dos resultados negativos, houve melhora em termos percentuais. No ano passado, o Google Play Protect obteve zero de seis pontos em testes de proteção do Android, mas detectou 37% das 3.300 amostras recém-descobertas (até 24 horas) e 33,1% daquelas do conjunto de referências de até 1 mês.

Um ano antes, o Google juntou esforços com a ESET, Lookout e Zimperium para estabelecer a App Defense Alliance como parte de um esforço para melhorar a detecção de malwares e bloquear aplicativos maliciosos, antes de serem publicados na Play Store. Entretanto, tal união parece não ter gerado ainda frutos suficientemente bons – como mostra o teste da AV-TEST. A expectativa é que o quadro negativo seja revertido o quanto antes, já que se espera do Google um nível de segurança digital do tamanho de sua importância no cenário mundial.

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