Geral 2min de Leitura - 16 de setembro de 2021

Febraban e Ministério da justiça debatem criação de estratégia nacional de combate ao cibercrime

Ministério da Justiça

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Por conta dos ciberataques cada vez mais frequentes, o governo brasileiro e o setor bancário estão discutindo a criação de uma estratégia para enfrentar o cibercrime: a Estratégia Nacional de Combate ao Crime Cibernético.

A ideia é seguir os moldes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e a Lavagem de dinheiro (Enccla), que tem apresentado bons resultados desde que entrou em vigor, em 2003.

Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), iniciaram as tratativas na última sexta-feira, 10.

Segundo a associação, a ideia é a identificação e repressão dos responsáveis pelos crimes, além de expandir o conhecimento técnico das forças de segurança e promover a cooperação permanente entre agentes públicos e privados.

A visão traçada pela associação bancária, inclui também o desenvolvimento conjunto de plataformas de compartilhamento de dados de fraudes por meios digitais, o apoio à capacitação das forças de segurança em temas de cibersegurança e fraudes digitais, utilizando inclusive o laboratório de cibersegurança da Febraban. O plano também incluiria campanhas de conscientização pública sobre riscos e fraudes cibernéticas.

Brasil é o 5º maior alvo de cibercrimes

Segundo a consultoria alemã Roland Berger, o Brasil atualmente ocupa o quinto lugar no ranking dos principais alvos de crimes cibernéticos do mundo.

Um levantamento realizado pela empresa, mostra que o país superou o número total de ataques de ransomware vistos em 2020 no primeiro semestre de 2021, com 9,1 milhões de ocorrências.

No setor privado, o nível de preparação para lidar com o cibercrime foi afetado pela falta de investimento. Menos de um terço das organizações brasileiras possuem equipes de segurança digital.

Um estudo realizado em fevereiro deste ano, sugere que, apesar das ameaças crescente, a maioria das empresas brasileiras não aumentou seus investimentos em informação e segurança cibernética desde o surgimento da pandemia de COVID-19.

Ataques contra organizações do setor público brasileiro também se tornaram cada vez mais comuns. Em novembro de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral sofreu um ataque que paralisou seu sistema por mais de duas semanas. Neste ano, o Tesouro Nacional foi alvo de ataque de ransomware.

A primeira Política Nacional de Segurança da Informação do Brasil, foi publicada em 2018. Em 2020, foram publicadas as Estratégias Nacionais de Segurança para Segurança Cibernética e Segurança da Infraestrutura Crítica.

Em julho deste ano, o governo criou uma rede de resposta a ataques cibernéticos, tendo como objetivo promover uma resposta mais rápida a ataques cibernéticos, ameaças e vulnerabilidades por meio da coordenação entre órgãos do governo federal.

A Rede Federal de Gerenciamento de Incidentes Cibernéticos será composta pela Secretaria de Segurança Institucional da presidência, bem como por todos os órgãos e entidades da administração publica federal.

As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias podem tornar-se membros da rede de forma voluntária.

Fonte: ZDNet.

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