Geral 1min de Leitura - 07 de junho de 2021

Maioria das empresas brasileiras não tem equipes de segurança digital

Escudo vetorizado simulando um cadeado

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Dado é revelado por pesquisa que mostra também que mais da metade delas costuma sofrer ataques cibernéticos com frequência.

Ainda que existam inúmeros sistemas eficientes contra invasões de crackers, eles nem sempre fazem parte das rotinas diárias das empresas. Nesse contexto, equipes de segurança estão instaladas em menos de um terço das empresas do Brasil, ainda que a maioria delas sofra ataques cibernéticos de maneira constante.

Os dados são de uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pela Mastercard, e mostram mais números preocupantes. Cerca de 57% das empresas de educação, serviços financeiros, seguros, tecnologia e telecomunicações, saúde e varejo são alvo de cibercriminosos com frequência – um percentual longe de ser considerado baixo.

Nesse contexto, o estudo descobriu que apenas 32% das empresas pesquisadas têm equipes dedicadas à proteção digital. Embora 80% dos entrevistados afirmem que as questões do tipo são importantes para eles – e que a maioria tem algum tipo de plano para lidar com ataques cibernéticos em potencial – isso não está entre as prioridades orçamentárias para 39% deles.

Entre os segmentos analisados na pesquisa, serviços financeiros, seguros, tecnologia e telecomunicações estão entre os mais preparados em termos de prontidão da cibersegurança. Por outro lado, os setores de educação e saúde são os mais vulneráveis. Assim, as áreas mais suscetíveis a ciberataques são o departamento financeiro e bancos de dados de clientes.

A pesquisa Mastercard / Datafolha entrevistou 351 gestores no país em fevereiro deste ano, e ecoa as conclusões de um outro estudo sobre as percepções do risco de segurança cibernética na América Latina desde o início da crise da Covid-19, realizado pela consultoria Marsh em nome da Microsoft.

Esse estudo mostra que a maioria das empresas brasileiras não aumentou seus investimentos em segurança da informação e cibernética desde o surgimento da pandemia, apesar do aumento das ameaças. A pesquisa mostrou também que a maioria das empresas investe 10% ou menos de seu orçamento de TI nessa área. Assim, as oportunidades para os cibercriminosos não param de crescer, e mostram que ainda será longo o caminho no combate aos golpistas virtuais – mesmo que a lei brasileira esteja ficando mais severa.

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