Geral 3min de Leitura - 01 de setembro de 2021

Cybersquatting e Typosquatting, os golpes de domínio

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Você já tentou acessar algum site e, seja por um erro de digitação ou por não saber o domínio correto e digitar algo que você imaginou ser o correto, acabou entrando na página errada? Se isso aconteceu, você pode ter sido uma vítima de Cybersquatting ou Typosquatting.

Essas situações são muito comuns e podem enganar os usuários, prejudicando a imagem da marca.

Continue a leitura para saber um pouco mais sobre esses golpes que são recorrentes, mas pouco conhecidos.

O que é Cybersquatting?

O Cybersquatting é a pratica de comprar um domínio com um nome comercialmente valioso, normalmente de uma marca muito conhecida no mercado, com o intuito de vender esse domínio ao titular da marca ou de enganar os consumidores que tentarem acessar tal endereço.

Como exemplo, vamos citar a Nike. Caso a marca não fosse dona do domínio nike.com, um cibercriminoso poderia se aproveitar do reconhecimento que a marca possui e registrar esse domínio para si, seja para revende-lo ou para enganar os consumidores que tentem acessar o site oficial da empresa.

Quando se trata de uma empresa internacionalmente conhecida, essa prática pode acontecer em cada extensão de domínio (.net; .com; .com.br; entre outros).

O que é Typosquatting?

Já o Typosquatting é mais perigoso. Neste golpe, o cibercriminoso não registra o domínio idêntico à marca de uma empresa. Ao invés disso, ele registra vários domínios com erros de digitação, algo comum quando se tenta acessar algum site.

Mais uma vez, vamos utilizar a Nike como exemplo. O site oficial da empresa é nike.com. O usuário mal intencionado pode registrar domínios como mike.com; noke.com; niki.com; entre outros com erros de digitação, se aproveitando de pequenos erros que podem acontecer durante a digitação ou do fato da pessoa talvez ter ouvido o nome da marca, mas não saber ao certo como se escreve.

O typosquatting é muito utilizado em golpes de phishing para roubar informações pessoais das vítimas.

Essa era uma prática muito comum no inicio da digitalização dos bancos. Os cibercriminosos criavam domínios similares aos destas instituições e criavam páginas espelhadas, fazendo com que a vítima digitasse seus dados pessoais.

Praticas rotineiras

Tais praticas são consideradas rotineiras, já que tanto pequenas como grandes empresas são alvos dos cibercriminosos.

Confira algumas empresas que já foram alvo desses golpes:

  • Lojas Renner: www.lojasrener.com.br (supressão de letra)
  • Olympikus: www.olimpikus.com.br (substituição de letra)
  • Petrobras: www.petrobas.com.br (supressão de letra)

Houve diversas outras empresas que foram vítimas desses golpes, em que foi necessário solicitar auxílio ao judiciário para ter garantido o direito detentor da marca ao domínio errôneo, a fim de impossibilitar maiores danos à marca e aos clientes.

Proteja sua empresa contra cybersquatting e typosquatting

É possível evitar que cibercriminosos usem sua marca para aplicar esses golpes e prejudicar a imagem de sua empresa. Confira algumas dicas a seguir.

Registre seus domínios

O registro de um domínio pode ser feito por qualquer pessoa, desde que ele esteja disponível.

Para ter direito sobre um domínio, o primeiro requisito é ser o titular do mesmo. O registro é feito de forma 100% online, e na grande maioria dos casos com um investimento baixo.

Registre variações de seus domínios

Quando fizer o registro dos domínios principais de sua empresa, aproveite para registrar variações dos mesmos. Leve em consideração erros de digitação, extensões diferentes, etc.

A prevenção ainda é a melhor maneira de evitar problemas no futuro.

Monitore seus domínios

É importante realizar periodicamente o monitoramento de todos os seus domínios e de variações do mesmo.

Algumas empresas realizam esse tipo de trabalho, lhe entregando relatórios de domínios antigos e novos que possam impactar seu negócio.

Ambas as práticas resultam em um prejuízo de grandes proporções ao detentor real da marca, já que os golpistas tentam obter vantagem indevida com o direcionamento de acessos e/ou tentativa de revenda dos domínios paralelos a preços exorbitantes aos titulares da marca.

É necessário ressaltar que as vítimas do cybersquatting e typosquatting possuem total respaldo contra tais práticas, podendo buscar o direito ao uso do domínio e outras reparações cabíveis.

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