Geral 2min de Leitura - 17 de setembro de 2021

Brasil é o 5º maior alvo de cibercrimes do mundo

Homem trabalhando com três computadores

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País já ultrapassou volume de ataques de 2020 apenas no primeiro semestre de 2021, totalizando 9,1 milhões de ocorrências, considerando apenas os ataques de ransomware.

Os cibercrimes estão cada vez mais constantes e sofisticados, causando prejuízos enormes às empresas. Segundo um estudo conduzido pela consultoria alemã, Roland Berger, apenas neste ano, as perdas globais podem chegar a US$ 6 trilhões – três vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Os especialistas dizem que esse tipo de crime irá se aperfeiçoar ainda mais com o passar do tempo, e as organizações terão que investir volumes maiores para se proteger de ataques que sequestram dados e pedem resgates altíssimos.

O que é ransomware?

O ransomware é um código malicioso que infecta dispositivos, mediante ação executada pelos usuários, ou por vulnerabilidade existente no sistema operacional.

Esse malware criptografa os dados e indisponibiliza totalmente o dispositivo infectado, sendo este liberado, mediante pagamento do resgate.

O resgate geralmente é cobrado em bitcoin ou outro tipo de moeda virtual, para dificultar o rastreamento do pagamento.

É por isso que ataques ransomware são também conhecidos como ataques de sequestro de dados, pois o objetivo principal é sequestrar os dados das vítimas e solicitar resgate para liberação dos mesmos.

Brasil é um dos principais alvos globais de ataques ransomware

Segundo o levantamento da Roland Berger, o país já ultrapassou o volume de ataques do ano passado apenas nesse primeiro semestre, com um total de 9,1 milhões de ocorrências de ataques ransomware.

Esse número coloca o país na quinta posição mundial de ataques, ficando atrás dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.

Segundo o sócio diretor e especialista em inovação da Roland Berger, Marcus Ayres:

“O tema de cibersegurança já vem evoluindo no Brasil e no mundo na última década. Hoje, isso não tem apenas relação com a segurança dos dados, mas de infraestrutura. Quando o ataque ocorre na infraestrutura, a empresa deixa de operar e tem prejuízos. O custo disso é gigante”.

O especialista ainda diz que a preocupação das empresas brasileiras cresceu diante dos mais recentes ataques. Porém, as companhias precisam entender que, para mitigar danos, é necessário que o tema seja contínuo, e não uma ação pontual para se ajustar alguma eventual fragilidade.

“A segurança digital vai muito além do TI. As empresas acordaram para a importância do tema e têm buscado dar robustez à segurança, mas ainda precisam ter essa visão multidisciplinar e entender que isso é algo contínuo”.

Os cibercriminosos são inteligentes e criativos, mudando o perfil dos ataques com o tempo. Sendo assim, os negócios precisam estar preparados para essa dinâmica do mundo digital. Portanto, é importante que a empresa possua um plano de contingencia, caso venha a sofrer um ataque.

Ataques de ransomware são caros e preocupantes

Segundo Daniel Aragão, especialista em cibersegurança da empresa de tecnologia NEC no Brasil, há vários tipos de ataques, mas o ransomware tende a ser o mais custoso, devido aos pedidos de resgate, que muitas vezes são milionários.

As direções das empresas já colocaram as ameaças cibernéticas como uma das principais preocupações, ficando atrás apenas da crise que a pandemia de COVID-19 trouxe.

Empresas que ainda não haviam se preocupado com isso, ligaram um alerta vermelho logo após o ataque às Lojas Renner, que colocou o assunto ainda mais em evidência no país.

Além da Renner, o Grupo Fleury e a JBS também foram vítimas de ataques ransomware.

Fonte: Exame.

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