Geral 2min de Leitura - 28 de junho de 2021

Bancos aumentam orçamento de tecnologia

notebook, cadeado

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Instituições expandem investimentos na área em 8%, dedicando 10% do total à segurança digital.

É natural que os bancos incrementem suas verbas de tecnologia em uma realidade na qual o sistema financeiro fica cada vez mais digital. Prova disso é a grande adesão do PIX pela população, que – antes mesmo de completar um ano – já faz parte da rotina de milhares de transações diárias.

Nesse contexto, os bancos têm mesmo investido mais em tecnologia da informação. É o que mostra o levantamento anual da Associação Brasileira de Bancos (Febraban) realizado pela Deloitte e divulgado na semana passada.

Os valores dedicados à tecnologia da informação aumentaram 8% em 2020 em relação a 2018, atingindo R$ 25,7 bilhões no ano passado. Do total gasto em TI no ano passado, 10% foram para cibersegurança, conforme constatou o documento.

Esta é a 29ª edição do estudo, que ouviu 21 instituições bancárias – o equivalente a 87% do setor. Além disso, a pesquisa também entrevistou 17 executivos seniores de tecnologia em 10 grandes bancos, e incluiu dados de estudos da Deloitte sobre tendências do setor no Brasil.

Expansão tecnológica

Além disso, a pesquisa cobriu tendências de adoção das chamadas tecnologias disruptivas. Cerca de 93% dos entrevistados disseram que o investimento em inteligência artificial era prioritário, especialmente em áreas como atendimento, biometria, operações de crédito e área jurídica. Para 80% deles, a automação de processos robóticos também foi uma prioridade.

O estudo ainda apontou que existe um aumento nas parcerias feitas pelos bancos para ampliar a escolha dos canais de distribuição, agregando novos produtos às suas carteiras. Nesse cenário, as parcerias entre bancos e terceiros, como fintechs e Big Techs, passaram de 69% em 2019 para 87% em 2020. As áreas prioritárias incluíram empréstimos, meios de pagamento e onboarding de clientes.

A pesquisa mostrou que, entre os fatores que aceleram essas tendências, está a implementação do Open Banking, como parte da agenda mais ampla do país de modernização do ecossistema financeiro nacional. A iniciativa, liderada pelo Banco Central, tem como objetivo impulsionar a competição no mercado e aumentar a educação financeira. De acordo com o modelo, o uso de APIs abertas permite que desenvolvedores terceirizados criem aplicativos e serviços em torno das instituições financeiras participantes, com dados de consumidores compartilhados com seu consentimento.

A quarta e última fase do processo de implementação deverá ser concluída em dezembro de 2021, mas já mostra que veio para ficar. São sinais de mudanças significativas em empresas com muito, muito tempo de mercado – o Banco do Brasil, por exemplo, foi fundado em 1808, e a Caixa Econômica em 1861; Bradesco é de 1943 e Itaú de 1944.

Ou seja, seu longo período de atividade não impediu que se adaptassem a novas demandas tecnológicas – um exemplo positivo para demais áreas com relativo baixo grau de investimento no setor. Seja qual for o ramo, a segurança digital precisará sempre ser prioritária nos investimentos, pois onde há internet há sempre um grupo gigantesco de crackers tentando praticar crimes virtuais.

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