Geral 2min de Leitura - 17 de maio de 2021

Ataques cibernéticos custam a pequenas empresas US$ 25 mil por ano

Mensagem de ciberataque em tela de computador

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Para golpistas virtuais, empresas menores representam grandes negócios, que lhes rendem lucros imensos. Dados mostram que quase um quarto das empresas do tipo já foram invadidas.

A frase “para cibercriminosos, pequenas empresas podem significar grandes negócios” sintetiza bem os resultados de uma pesquisa recém-publicada nos Estados Unidos. A afirmação foi feita por Meghan Hannes, chefe de produtos cibernéticos da Hiscox EUA, companhia que desenvolveu o estudo.

E não é para menos. Os dados mostram que os ataques cibernéticos estão deixando pequenas empresas nos Estados Unidos com grandes perdas em seus orçamentos anuais. Como o mercado norte-americano é uma das referências para o setor no Brasil, não é possível descartar totalmente a ideia de que alguns resultados mais alarmantes também refletem parte da realidade brasileira.

Aliás, uma das revelações do estudo é que o custo financeiro médio de um ataque cibernético a uma pequena empresa nos EUA em 12 meses é de US$ 25.612, o que equivale a mais de R$ 130 mil.

O relatório anual, que foi publicado pela primeira vez há cinco anos, pesquisa mais de 6 mil profissionais dos EUA, Reino Unido, Bélgica, França, Alemanha, Holanda, Espanha e Irlanda que são responsáveis pela segurança cibernética de suas empresas. Eles responderam à pesquisa online entre novembro de 2020 e janeiro deste ano.

Risco real

As respostas revelaram que 23% das pequenas empresas nos Estados Unidos sofreram pelo menos um ataque cibernético nos últimos 12 meses. Surpreende também o fato de que mais de um terço das pequenas empresas (35%) disseram que não divulgam totalmente às partes interessadas – internas ou externas – quando ocorre um incidente de segurança digital.

Outras descobertas importantes do relatório foram que, para pequenas empresas, a prioridade nos próximos 12 meses é cumprir os requisitos de segurança de seus parceiros de negócios (20%), em vez de suas próprias ameaças e vulnerabilidades existentes (18%).

Quanto aos investimentos, 39% disseram que esperam que suas verbas com segurança aumentem nos próximos 12 meses. Pouco menos da metade (49%) relatou ter uma apólice de seguro contra ataques de crackers.

Estresse cibernético

Os pesquisadores descobriram que a pandemia havia criado o que eles descreveram como “estresse cibernético” para as pequenas empresas. Com 63% de seus funcionários agora trabalhando em home office, mais da metade (53%) das companhias abordadas se consideraram mais vulneráveis a invasões virtuais.

“Sabemos que os impactos financeiros dos ataques cibernéticos podem ser substanciais, e as pequenas empresas estão cada vez mais sentindo o que chamamos de estresse cibernético. A boa notícia é que existem medidas que podem ser tomadas para ajudar a reduzir o risco”, disse Hannes.

A executiva recomenda que as pequenas empresas tenham um processo formal de orçamento em vigor, e que garantam que a segurança cibernética seja priorizada na tomada de decisões – como uma política preventiva contra ataques. Do contrário, podem fazer parte das estatísticas negativas trazidas à tona pela pesquisa, fazendo muitas delas ficarem à beira da falência por conta de um único ataque.

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