Geral 2min de Leitura - 16 de fevereiro de 2021

Um ano promissor para a segurança digital

Homem trabalhando em frente a telas de computador

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Várias incertezas que a pandemia trouxe em 2020 parecem estar se dissolvendo. Tanto é que algumas previsões de crescimento são bastante otimistas, principalmente no que diz respeito ao mercado brasileiro de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Segundo dados da consultoria IDC, esse setor deve crescer 7% no Brasil, atingindo US$ 64,4 bilhões em 2021, com as áreas de segurança (expansão de 12,5%) e nuvem pública (46,5%) entre os grandes destaques.

O relatório da IDC lembra que 60% das empresas brasileiras planejavam aumentar as cifras colocadas em TIC no início de 2020. No entanto, o Covid-19 mudou os planos, registrando quedas recordes em maio e junho. Contudo, esse cenário parece ter ficado no passado, pois atualmente 50% das companhias estão planejando incrementar os investimentos no setor em 2021.

De acordo com as previsões da instituição, outras áreas em que as empresas aumentarão os valores dedicados são inteligência artificial, modernização de software empresarial e experiência do cliente.

Com isso, a ideia é que os novos investimentos ajudem a encontrar um equilíbrio entre os canais digitais e físicos, bem como o lançamento de novos produtos e serviços. Espera-se, ainda, que as tecnologias deem apoio aos processos de melhoria na aquisição e retenção de clientes – um desafio que a pandemia ainda impacta.

Segurança em alta

Neste ano, os investimentos no Brasil em segurança digital ultrapassarão US$ 900 milhões, representando um aumento de 12,5% em relação a 2020. Nesse contexto, os investimentos em serviços gerenciados de segurança podem chegar a US$ 615 milhões.

A proteção de dados tem se tornado uma área com cada vez mais relevância, dado o aumento dos ciberataques em grande escala e a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados. Há aí um porém: o IDC observou que apenas 50% das empresas afirmaram estar em estágios avançados de conformidade com as novas regras, e dois terços dizem que seu maior desafio é mapear e controlar as informações. São percentuais ainda altos, mas dentro de um cenário que tende a se modificar – com boa margem de crescimento.

O cloud computing também presenciará bons números de crescimento. A infraestrutura de nuvem pública, e investimentos nacionais em Paas (PaaS — Platform as a Service, ou plataforma como serviço) estão estimados em US$ 3 bilhões, um aumento de 46,5%. Apesar de mais modesto, o modelo de nuvem privada também crescerá, totalizando US$ 614 milhões em 2021. Destaque para o avanço da nuvem privada como serviço, com previsão de expandir 15,5% até dezembro.

Gestão em transição

Ainda sobre o cloud computing, quase 43% das empresas pretendem trazer alguns de seus sistemas de gestão para a nuvem nos próximos dois anos. Para 31% das companhias brasileiras, substituir um aplicativo atual por uma opção como serviço é a tática preferida para modernizar as rotinas de trabalho. Nesse cenário, a IDC projeta um aumento de 12,6% nos investimentos com software empresarial para áreas como finanças, contabilidade, gestão de pessoas e ativos, controle de produção, logística e cadeia de suprimentos, chegando a US$ 3,4 bilhões – com o software-as-a-service representando 14%.

A adoção de Inteligência Artificial (IA) também deve crescer. Segundo a pesquisa, cerca de 25% das empresas de grande porte no Brasil já estão usando IA e machine learning. Os investimentos do setor no Brasil chegarão a US$ 464 milhões em 2021, impulsionados principalmente por TI e serviços de consultoria de negócios. Chatbots e assistentes digitais em aplicativos corporativos continuarão a crescer, aproximando-se da casa dos 30%.

Quando o assunto é hardware, as vendas de tablets e notebooks no Brasil devem chegar a US$ 4,7 bilhões em 2021, alta de 21% em relação ao ano anterior, o que representa 7,3% de todos os investimentos em TI no país. O mercado brasileiro de smart devices, com exceção de smart TVs, também deve crescer – com percentuais próximos de 30%. É um contexto que, se confirmado com o passar dos meses, mostra a voracidade do mercado de TIC do Brasil, que provavelmente ficou de certa forma dormente durante as épocas mais graves da quarentena. E os números específicos relacionados à segurança digital refletem a importância desse setor, ainda mais em uma realidade na qual a LGPD já está em vigor.

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