Geral 1min de Leitura - 13 de dezembro de 2022

Acer corrige bugs que poderiam desativar a inicialização segura de notebooks

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Quem tiver determinados tipos de notebooks da marca Acer deve ficar atento. A empresa descobriu – e já corrigiu – uma vulnerabilidade de alta gravidade que pode permitir que invasores desativem a inicialização segura do sistema.

Cibercriminosos com altos privilégios podem abusar dessa falha (relatada como CVE-2022-4020) em ataques de baixa complexidade que não requerem interação do usuário. Eles poderiam alterar as configurações de UEFI Secure Boot, modificando a variável BootOrderSecureBootDisable NVRAM para desabilitar o Secure Boot.

Depois de explorar a vulnerabilidade nos laptops Acer afetados e desativar o Secure Boot, os invasores podem sequestrar o processo de carregamento do sistema operacional e carregar bootloaders não assinados. Assim, driblam proteções e implantam cargas maliciosas com privilégios de sistema.

Alista de modelos de laptop Acer afetados: Acer Aspire A315-22, A115-21, A315-22G, EX215-21 e EX215-21G.

Como resolver

A empresa recomenda que seja feita uma atualização na BIOS para a versão mais recente. Nesse contexto, a correção será incluída como uma atualização crítica do Windows.

Porém, é possível baixar a atualização da BIOS no site da Acer e instalar manualmente nos sistemas afetados, não sendo necessário aguardar pelas atualizações do Windows.

É importante ressaltar que problemas do tipo estão longe de ser exclusividade da Acer. A Lenovo corrigiu bugs semelhantes encontrados por pesquisadores da multinacional ESET em vários modelos de laptop ThinkBook, IdeaPad e Yoga em novembro. Essas falhas poderiam levar às mesmas consequências do problema com a Acer.

Permitir que cibercriminosos executem código malicioso não assinado antes da inicialização do sistema operacional pode levar a consequências graves, incluindo a implantação de malwares que podem persistir mesmo que se formate o computador, ignorando também as proteções antimalware fornecidas pelos fabricantes.

No caso da Lenovo, o problema ocorreu por conta de um equívoco dos desenvolvedores da empresa. Eles incluíram um driver em fase de desenvolvimento inicial que poderia alterar as configurações de inicialização segura do sistema operacional.

No começo do ano, pesquisadores da ESET descobriram outras três falhas de firmware que podem permitir que invasores sequestrem a rotina de inicialização em mais de 70 modelos de dispositivos Lenovo executando o Windows.

Fonte: BleepingComputer.

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