Geral 1min de Leitura - 10 de dezembro de 2020

A Vacina e o Cibercrime

Pequenos vidros de vacina com uma seringa ao lado.

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Não bastasse toda a discussão sobre os diferentes tipos de vacina contra o Coronavírus, agora a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), o órgão do continente responsável por aprovar as vacinas contra a doença, alega ter sido vítima de um ciberataque.

Em um comunicado postado em seu site, a agência fala sobre a violação de segurança, mas disse que não pode divulgar muitos detalhes sobre o ocorrido devido a uma investigação em andamento.

A EMA está atualmente em processo de revisão dos pedidos de duas vacinas contra o Covid-19. Uma delas é da multinacional farmacêutica Moderna, e a outra está sendo desenvolvida em uma parceria entre a BioNTech e a Pfizer.

Não há ainda dados que informem se o ataque tinha como objetivo os processos de aprovação de vacinas, ou se foi um ataque com motivação financeira – como ransomwares.

No entanto, a BioNTech divulgou um comunicado dizendo que alguns documentos relacionados à submissão regulatória para a vacina, que estavam armazenados em um servidor da EMA, foram acessados ilegalmente durante o ataque, dando a entender que a pesquisa em si foi a motivação do ataque.

No olho do furacão

Nos últimos meses, várias empresas que trabalham em pesquisas e vacinas têm sido alvos de crackers, especialmente de grupos patrocinados por governos.

Empresas como Johnson & Johnson, Novavax, Genexine, Shin Poong Pharmaceutical, Celltrion, AstraZeneca, Moderna e Gilead têm sido alvos de cibercriminosos, de acordo com relatórios divulgados por agências de notícias.

Em novembro, a Microsoft disse ter detectado três grupos de crackers estatais – conhecidos como APTs – visando sete empresas que trabalham em vacinas contra o Covid-19, tendo em destaque países como Rússia e Coreia do Norte.

Marene Allison, diretora de segurança da informação da Johnson & Johnson, disse que empresas do tipo estão presenciando ataques cibernéticos “a cada minuto de todo dia”.

A IBM também relatou na semana passada que os invasores estavam procurando atingir as empresas que trabalham em toda a cadeia que envolve a produção de vacinas.

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