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A virtualização pode ser uma saída prática para garantir melhor aproveitamento de recursos de hardware e software, que muitas vezes podem estar sendo subutilizados. Isso evita desperdícios em vários aspectos, facilita o dia a dia dos profissionais de TI, traz flexibilidade para a realização de simulações e garante certa aderência aos princípios de “TI verde”.
Porém, não adianta apenas decidir implantar soluções de virtualização, é preciso entender um pouco mais sobre os principais tópicos de projetos deste tipo, seus prós e contras e garantir ainda que virtualização é uma opção aderente ao seu negócio.
Com a leitura deste blog post você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre conceitos e terminologias relacionados à virtualização, assim como algumas reflexões para auxiliar profissionais que desejam dar os primeiros passos com esta tecnologia. Continue a leitura!
O que é a virtualização
A virtualização surgiu como solução para alguns problemas: as empresas poderiam particionar um determinado hardware para executar duas ou mais aplicações ou sistemas operacionais diferentes e, assim, conseguiriam maior eficiência através da redução de custos associados à aquisição de equipamentos e toda a infraestrutura necessária para a manutenção dos datacenters.
Em uma linguagem mais simples: Se sua empresa possui um ERP que necessita ser instalado sob a plataforma de um Windows server 2013 e um software para gestão de chamados que deve ser instalado em uma distribuição Linux. No cenário onde a empresa não dispõem de um ambiente virtualizado seria necessário o uso de dois servidores, um para cada SO. Usando um ambiente virtualizado é possível instalar os dois sistemas operacionais Linux e Windows no mesmo hardware, juntamente com as respectivas aplicações. A virtualização surge, então, com o intuito de simular um hardware, por meio de software.
A virtualização permite o particionamento dos hardwares, possibilitando a execução de diversos sistemas operacionais em uma máquina física e a divisão de recursos do sistema entre máquinas virtuais (Virtual Machines ou VMs). Fornece também o isolamento de falhas e segurança em nível de hardware, preservando seu desempenho através de controles avançados dos recursos. Permite também a gravação em arquivos do estado integral da VM, garantindo facilidade para movê-las e copiá-las, inclusive para qualquer outro servidor físico.
Com isso é possível virtualizar servidores, Sistemas Operacionais, desktops, redes, serviços, aplicativos, dentre outras variadas soluções.
Reflexões sobre virtualização
Vantagens e desvantagens da virtualização
Alguns analistas conhecem determinadas soluções e avaliam sua aplicação baseados apenas nas vantagens, esquecendo que, para alguns negócios, certos recursos podem não ser tão indicados.
Apesar de a virtualização trazer redução de custos e maior aproveitamento do recurso físico (servidores, computadores etc), é importante analisar todo o contexto de infraestrutura para minimizar as chances de falha. Outro detalhe importante é que quanto maior o número de aplicações virtualizadas maior será a necessidade de recursos físicos para a manutenção de uma estrutura com performance adequada (Processador, memória, discos, rede etc).
De acordo com a criticidade das aplicações virtualizadas, volume de dados armazenados e tráfego gerado, projetos de virtualização podem se tornar robustos e substancialmente mais caros.
Migrar sistemas físicos ou criar novos servidores virtuais sem conhecer detalhadamente os recursos necessários pode gerar um sério problema a curto prazo. Na fase de avaliação dos recursos, não deixe de visualizar o futuro do seu negócio para garantir escalabilidade do projeto de virtualização em questão.
Além dos pontos tratados até o momento, é importante enfatizar que quanto maior a criticidade das aplicações mantidas na estrutura virtual, maior a necessidade de aplicação de critérios de segurança sobre esta estrutura.
Faça um inventário do seu ambiente e conheça profundamente as aplicações virtualizadas
Antes de definir quando e como será o processo de virtualização faça um inventário completo de sua estrutura, incluindo recursos de hardware e softwares essenciais para a operação do negócio. Também é importante que você faça um levantamento dos principais indicadores de desempenho de sua estrutura, tais como: rede, servidores, aplicações etc.
Os dados obtidos durante a fase de pré-análise são muito relevantes para atualizar seus conhecimentos acerca da infraestrutura tecnológica da empresa e também servirão de base para comparação, caso você realmente opte por levar adiante o projeto de virtualização na organização. Tomando esta atitude é possível elevar o nível de assertividade do projeto.
Após execução do levantamento você terá ideia mais clara do que pode ser virtualizado, quais recursos que você já tem disponível, sendo estes os primeiros passos, antes de uma análise técnica e orçamentária mais robusta.
Elabore rotinas de backup para o ambiente
Praticamente todas as aplicações relacionadas à tecnologia da informação são suscetíveis a falhas, incluindo problemas físicos, lógicos, humanos e outros tipos de fenômenos naturais que podem impactar na estrutura tecnológica da empresa. Nenhum sistema, aplicativo, hardware ou software está imune. Por isso é essencial manter rotinas de backups para minimizar perdas mediante a sinistros.
Avalie com sua equipe qual deve ser a periodicidade e se será necessário o uso de um software para facilitar a gestão dos backups do ambiente virtual. Além disso, é preciso pensar se será realizado o backup integral ou somente dos dados contidos na VM (Virtual Machine). O processo de backup integral demanda mais tempo e espaço de disco rígido, além de não oferecer soluções ágeis de recuperação. Já o backup dos dados é consideravelmente mais rápido, requer menos espaço e possui recuperação simples e confiável, dependendo da ferramenta utilizada para tal finalidade.
É imprescindível que a estrutura de backup seja dimensionada para garantir que a estrutura de virtualização seja totalmente contemplada, evitando problemas mediante a necessidade de recuperação de alguma informação.
Esteja preparado para desastres
Espere o melhor, mas prepare-se sempre para situações adversas. Este é quase um mantra para os profissionais de tecnologia. Sabendo que uma falha mais grave pode resultar até mesmo na falência de organizações, é imperativo que os analistas de tecnologia tomem as providências cabíveis para minimizar danos e garantir respostas rápidas e eficientes mediante a qualquer tipo de sinistros que afetem a estrutura virtualizada.
Em se tratando de virtualização é imprescindível que você possua estruturas com princípios básicos de alta disponibilidade, independentemente do tipo de contingenciamento utilizado. Ao estabelecer o escopo do projeto de virtualização não esqueça de alocar recursos para estabelecimento de um “site backup”, ou estrutura complementar, que atenda o nível de criticidade de recuperação do seu ambiente.
Neste momento é altamente relevante que você avalie qual o nível de dependência da organização perante toda a estrutura virtualizada e mensure qual é o tempo limite suportado, em caso de um sinistro de proporções maiores. A tempo de recuperação de um desastre é inversamente proporcional ao investimento, ou seja, quanto menor o tempo de recuperação do ambiente maiores serão os investimentos para concepção de uma estrutura que atenda esta necessidade.
Após conceber a estrutura para se precaver contra desastres, é fundamental que o time envolvido no projeto faça testes periódicos que simulem a recuperação de dados mediante a sinistros. É necessário que os profissionais de tecnologia garantam que o funcionamento da estrutura de recuperação esteja atendendo as necessidades do negócio, assim é possível evitar surpresas indesejadas.
E lembre-se, caso você precise de auxílio para desenvolver executar um projeto de virtualização em seu negócio busque o apoio de uma empresa comprometida com seus resultados. Com a certeza de estar protegido fica muito mais fácil chegar ao sucesso.
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