Aprendizado e descoberta 3min de Leitura - 12 de setembro de 2024

Cibersegurança na cadeia de suprimentos em provedores de internet

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A cibersegurança na cadeia de suprimentos tem ganhado cada vez mais atenção, em todos os setores da indústria, especialmente em se tratando de fornecedores que desempenham um papel essencial na operação das empresas. A cadeia de suprimentos, no contexto de cibersegurança, refere-se a todo o conjunto de processos e parceiros envolvidos na entrega de um produto ou serviço.

Garantir que fornecedores de serviços essenciais, cumpram com requisitos de cibersegurança, é uma prática que vem sendo adotada por um número cada vez maior de empresas. Este movimento visa reduzir os riscos associados à incidentes, que podem gerar perdas financeiras para clientes e parceiros.

Os provedores de internet, são atores fundamentais na cadeia de suprimentos de boa parte das empresas, por isso a importância de estabelecer critérios sólidos para sua avaliação. Incidentes em provedores podem causar danos representativos para clientes em larga escala.

Continue a leitura do conteúdo para saber um pouco mais sobre cibersegurança na cadeia de suprimentos, incluindo aspectos relevantes sobre mitigação de riscos e aprofundamento no contexto dos provedores de internet.

Cadeia de suprimentos em provedores de internet

No contexto dos provedores de internet, a cadeia de suprimentos envolve desde os fabricantes de roteadores e switches até desenvolvedores de software de gestão de rede, empresas de telecomunicação, serviços de monitoramento de tráfego etc.

Cada componente dessa cadeia pode ser um ponto de vulnerabilidade. Uma vulnerabilidade em um software de roteamento, por exemplo, pode abrir portas para ataques cibernéticos. Trata-se de uma superfície ampla e bastante visada por cibercriminosos, tendo em vista o alto potencial de geração de impacto em escala.

O que torna a cadeia de suprimentos vulnerável?

Os ataques na cadeia de suprimentos têm como alvo qualquer parte do processo de fornecimento. Nos últimos anos, vários ataques sofisticados mostraram o quanto esses incidentes podem ser devastadores. Em ataques de cadeia de suprimentos, os invasores utilizam as mesmas técnicas utilizadas em ciberataques convencionais.

No caso dos provedores de internet, incidentes deste tipo são particularmente preocupantes, pois suas estruturas são responsáveis por manter a conectividade de milhões de usuários, incluindo empresas. Um único equipamento comprometido pode resultar em perdas em escala.

Principais desafios para provedores de internet

Os provedores de internet enfrentam desafios únicos quando se trata de garantir a segurança de sua cadeia de suprimentos. A diversidade de fornecedores e subfornecedores, combinada com a complexidade dos sistemas que integram, torna a proteção contra ameaças uma tarefa árdua. Esses desafios estão relacionados à falta de visibilidade sobre as práticas de segurança dos parceiros, à dependência de múltiplos fornecedores e ao risco constante de comprometimento de softwares e firmwares essenciais.

Múltiplos fornecedores e subfornecedores: Um dos principais desafios é que provedores de internet dependem de uma vasta rede de fornecedores, cada um responsável por uma parte da operação. Isso inclui hardware, software, serviços de nuvem e dados. Com tantos elos na cadeia, manter um controle rígido de segurança em todos eles, é um esforço muito grande.

Falta de visibilidade: Provedores de internet geralmente não têm visibilidade completa sobre as práticas de segurança de seus fornecedores e subfornecedores.

Como mitigar os riscos?

Para reduzir os riscos na cadeia de suprimentos, os provedores de internet devem adotar uma abordagem completa de segurança. Isso significa não apenas proteger suas próprias estruturas, mas também garantir que seus fornecedores sigam padrões adequados de segurança, levando em conta sua criticidade na entrega dos serviços.

Avaliação de fornecedores

A seleção de fornecedores deve ser rigorosa, com foco em garantir que eles adotem práticas de segurança robustas. Isso pode incluir auditorias regulares, verificação de certificações de segurança e a exigência de que sigam padrões como o ISO 27001, que trata especificamente da segurança da informação.

Gestão continuada de vulnerabilidades

Provedores de internet precisam implementar políticas de gestão de vulnerabilidades que abranjam toda a cadeia de suprimentos. Isso envolve mapear as vulnerabilidades potenciais de cada fornecedor e adotar medidas para mitigá-los. É fundamental que essas avaliações não sejam pontuais, mas feitas de forma contínua, já que o cenário de ameaças evolui rapidamente.

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Colaboração e transparência

A colaboração entre provedores de internet e seus fornecedores é essencial para garantir que todos estejam cientes das ameaças e vulnerabilidades mais recentes. Isso inclui compartilhar informações sobre incidentes de segurança e trabalhar juntos para encontrar soluções rápidas e eficazes.

A importância de uma postura proativa

Os provedores de internet devem adotar uma postura proativa quando se trata de segurança na cadeia de suprimentos. Isso significa não apenas reagir quando um incidente ocorre, mas antecipar problemas antes que eles aconteçam. Testes regulares de penetração e auditorias de segurança ajudam a identificar brechas antes que sejam exploradas por cibercriminosos.

Outra medida importante é a implementação de uma arquitetura de segurança “zero trust”, ou “confiança zero”. Esse conceito assume que nenhum componente da rede, interno ou externo, é confiável por padrão. Isso obriga os provedores a verificar e monitorar constantemente o comportamento de todos os dispositivos e sistemas, minimizando o risco de ataques vindos de fornecedores ou equipamentos comprometidos.

A segurança na cadeia de suprimentos para provedores de internet é um desafio complexo e contínuo. Com uma rede de fornecedores diversificada, a dependência de componentes externos e a sofisticação crescente dos ataques, é essencial adotar medidas de segurança abrangentes. Ao avaliar rigorosamente fornecedores, implementar políticas de gestão de riscos e promover uma cultura de transparência, os provedores podem proteger melhor suas operações e, por extensão, os dados e a conectividade de milhões de usuários e empresas.

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