Geral 2min de Leitura - 18 de junho de 2020

Pandemia deixa usuários mais atentos quanto à segurança digital

Mãos digitando em teclado digital que apresenta a imagem vetorizada de um cadeado.

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Aumento no número de ataques na quarentena fez com que as pessoas ficassem mais em alerta quanto aos crimes virtuais.

O novo Coronavirus transformou hábitos em todo o mundo, e também levou a um aumento de alguns dos tipos de ataques cibernéticos. Entretanto, trouxe um crescimento na percepção de que as empresas devem mudar sua postura daqui para frente, de acordo com mais de 80% dos profissionais de TI consultados por uma pesquisa internacional.

Foram entrevistados 6724 funcionários de segurança e TI em maio no Reino Unido, EUA, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, França, Itália, Espanha, Dinamarca e Suécia, cobrindo diversos tipos e tamanhos de negócio.

Cerca de 86% confirmaram que os ataques aumentaram durante a quarentena, especialmente phishing (26%), ransomware (22%), ameaças por mídia social / chatbots (21%), guerra cibernética (20%), cavalos de Troia (20%) e ataques à cadeia de suprimentos (19%) Em alguns casos, como ransomware (31%) e DDoS (36%), o aumento no volume de ataques superou os 30 por cento.

Cerca de um terço (34%) dos entrevistados falou que os funcionários que trabalham em casa estavam descuidados quanto à segurança, levando a preocupações com phishing (33%) e vazamentos acidentais de dados (31%). Cerca de um terço alegou que os trabalhadores em home office não seguem os protocolos ao identificar e sinalizar atividades suspeitas, ou seja, adotam uma postura desleixada.

Outros riscos do trabalho remoto destacados pelos entrevistados incluem o uso de laptops e dispositivos corporativos (38%) e o uso de serviços de mensagens pessoais no trabalho (37%). E mais: metade disse que não tinha plano de contingência para um cenário como o Covid-19, o que levou a uma atuação improvisada.

Boas notícias

No entanto, do lado positivo, as empresas parecem estar tomando medidas pró-ativas para melhorar a segurança digital no futuro.

Mais de um quinto (22%) disse que começou a fornecer VPN e fez alterações na qualidade das sessões de VPN. Aproximadamente 20% compartilharam guias de segurança cibernética e implantaram aplicativos e filtros de conteúdo pré-aprovados, e 19% intensificaram o treinamento dos funcionários.

Quase um terço (31%) disse que pretende manter o suporte de TI 24 horas por dia, 7 dias por semana, e quando a pandemia recuar aumentará o treinamento em segurança. Cerca de 23% disseram que vão incrementar a cooperação com as principais partes interessadas da empresa ao elaborar políticas de segurança cibernética, e um número semelhante aumentará a terceirização das funções de segurança de TI.

Liviu Arsene, pesquisadora global de segurança cibernética da Bitdefender, que conduziu o estudo, argumentou que a lealdade do cliente, a confiança e os resultados estão em risco se as empresas não focarem em segurança digital durante e depois da pandemia. “A COVID-19 ofereceu aos profissionais de TI a oportunidade de reavaliar sua infraestrutura e focar no que os usuários e funcionários realmente precisam e desejam em termos de suporte à segurança”, explica.

Também é evidente que, apesar da identificação de riscos, ainda é necessário investigar mais quais investimentos precisam ser feitos – no sentido de garantir que os dados corporativos e os funcionários estejam protegidos de invasões. Mesmo que seja um desafio fazer mudanças neste momento, é algo que fortalecerá os negócios para o futuro – principalmente em eventuais cenários de incertezas.

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