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É magnífico pensar na forma que a internet se dissemina pelo mundo. Embora aproximadamente 35% dos brasileiros ainda não tenham acesso a internet (dados do IBGE), isso não impede que o recurso seja aprimorado e utilizado de maneira inovadora por meio de outras aplicações – tanto em âmbito nacional como internacional.
A Internet das Coisas fomenta fortemente esse ecossistema de inovação e proporciona facilidades e benefícios ao dia-a-dia. Mas você sabe o que é essa tecnologia e quais os desafios ela apresenta para adaptar a tecnologia em um recurso seguro? Discutiremos sobre isso nas próximas linhas, é só continuar com a leitura.
O que é a Internet das Coisas?
Também conhecida como IoT (sigla para Internet of Things, em inglês), a tecnologia é uma comunicação M2M – ou seja, a ligação de máquinas a máquina através da internet. Isso quer dizer que diferentes objetos e recursos podem se conectar, comunicando-se entre eles e o usuário e realizando atividades que não seriam possíveis sem a internet.
Para exemplificarmos esse conceito, imagine uma geladeira com recursos adaptados e ligados diretamente à internet. Quando algum produto está prestes a acabar, sensores emitem e recebem dados da internet e, dessa forma, possibilitam que o mesmo produto seja comprado e reabastecido na geladeira. Tudo isso sem a interação (e preocupação) humana.
De forma resumida, as coisas teriam liberdade e dependência para realizar atividades cotidianas que facilitam o bem-estar do usuário. Tudo isso por estarem conectadas a web, o que permite que desenvolvam inteligência própria para executarem e reproduzirem ações que, até então, eram exclusivamente humanas.
Como a IoT surgiu?
Foi o britânico Kevin Ashton que cunhou o termo “Internet of Things” e apresentou a tecnologia para o mercado. Tudo começou na década de 90 (no ano de 1999, para ser mais exato), quando ele trabalhava na Procter e Gamble.
Em uma apresentação para os diretores e gestores da empresa, Kevin sugeriu inovar a etiquetação dos produtos: ele queria realizar o processo eletronicamente por meio de uma tecnologia chamada RFID (Radio Frequency Identification). Isso facilitaria a rotina corporativa e daria mais eficiência e agilidade no processamento do modelo de negócio.
Na época – e o que Ashton afirma até hoje –, sua ideia se baseava na possibilidade de conexão entre duas redes distintas: a da internet e a das coisas, dos objetos e recursos físicos. À sua maneira, ele queria que as coisas tivessem independência para realizar determinadas tarefas programadas sem a necessidade direta e exclusiva da interação humana.
Embora essa tenha sido uma inovação apresentada há quase 20 anos, ela só se popularizou em meados de 2010 com o serviço do Google, o StreetView, que estaria criando fotos em 360 graus e armazenando dados das redes wi-fi dos usuários.
Hoje, no entanto, essa tecnologia está se ampliando e surpreendendo cada vez mais – inúmeras empresas já disponibilizaram seus produtos sincronizados à IoT e muitas outras estão investindo no recurso. É um novo modelo de inovação.
Quais os desafios de segurança?
Ainda que a Internet das Coisas apresente uma série de benefícios – e foi criada justamente para facilitar e beneficiar a vida do consumidor –, ela também pode propiciar uma série de incidentes de segurança capazes de causar os mais variados tipos de desastres.
De acordo com pesquisa do Gartner, aproximadamente 8.4 bilhões de “coisas” estão conectadas desde 2017. Televisores, consoles de jogos, eletrodomésticos, sistemas de vigilância eletrônica, fechaduras, são apenas alguns exemplos de dispositivos que podem estar conectados à internet nos dias de hoje. É um avanço em alta escala e a tendência tem sido cada vez mais ampla. Embora seja esse o progresso da inovação tecnológica, muitas vezes a segurança das “coisas” é desconsiderada ou avaliada como a última instância do produto.
Como consequência disso, qualquer equipamento que esteja alinhado com a IoT pode ser uma porta de entrada para atividades cibercriminosas. Isso porque todas as coisas estariam conectadas à rede doméstica ou corporativa, o que permitiria que uma ameaça se infiltrasse por um equipamento e chegasse até essa rede para realizar sequestros, vazamentos de dados etc.
Uma forma de gerar proteção é com firewalls de uso doméstico, mas poucas residências apresentam essa modalidade de recurso. Assim, quanto maior for a procura e oferta por produtos com tecnologia de IoT, a segurança também deve ser um dos pontos cobrados e analisados. Pouco adianta um equipamento revolucionário se ele apresentar falhas, especialmente de seguranças que podem comprometer todo um ambiente.
Para analistas de segurança, uma boa dica seria realizar testes de intrusão, diagnóstico ou outros procedimentos que possam testar de forma adequada a segurança presente em tal equipamento. Ainda assim, a Internet das Coisas veio para inovar e acelerar o processo tecnológico no Brasil e no mundo.
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