CVE 1min de Leitura - 26 de junho de 2025

CVE-2025-49219: Vulnerabilidade no Trend Micro Apex Central permite execução remota de código

CVE-2025-49219

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A CVE-2025-49219 é uma vulnerabilidade crítica no Trend Micro Apex Central, plataforma usada para o gerenciamento centralizado de políticas de segurança em endpoints e servidores. O problema foi reportado pela Zero Day Initiative (ZDI) e impacta apenas as versões on-premises da solução, deixando de fora os ambientes SaaS.

A falha está relacionada ao uso de funções obsoletas em bibliotecas externas — uma condição classificada como CWE-477. Esse tipo de erro permite que um invasor remoto explore o sistema sem necessidade de autenticação, conseguindo assim executar código arbitrário no servidor vulnerável.

Produtos afetados pela CVE-2025-49219

A CVE-2025-49219 afeta as versões on-premises do Apex Central 2019, até o build 6017. De acordo com o comunicado oficial da Trend Micro, as instâncias em nuvem (SaaS) não são afetadas por essa falha.

Vetor de ataque e gravidade

A CVE-2025-49219 recebeu pontuação CVSS 9.8, considerada crítica. O vetor de ataque é remoto, sem exigência de interação do usuário ou de privilégios prévios. Isso significa que um agente externo pode comprometer o sistema diretamente pela interface web do Apex Central, caso ela esteja exposta.

O risco é especialmente elevado em ambientes em que o gerenciamento da segurança da rede depende diretamente dessa plataforma.

Classificação CWE da CVE-2025-49219

Essa vulnerabilidade está associada à categoria CWE-477: Uso de função obsoleta. Esse tipo de falha ocorre quando o software utiliza bibliotecas ou funções consideradas inseguras ou ultrapassadas, o que pode levar a comportamentos inesperados ou inseguros durante a execução do código.

Atualização e mitigação

A Trend Micro já disponibilizou uma correção. A recomendação é atualizar imediatamente o sistema para o build 6018 ou superior. O patch pode ser aplicado diretamente pelo console de administração da plataforma.

Além disso, é indicado revisar os logs do sistema em busca de comportamentos anômalos, aplicar segmentação de rede e restringir o acesso externo ao console sempre que possível. Essas medidas ajudam a reduzir a superfície de ataque enquanto o ambiente é corrigido.

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