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A CVE-2025-47966 é uma falha de segurança crítica no Microsoft Power Automate, plataforma de automação de processos que integra diversos serviços do Microsoft 365. A vulnerabilidade permite que informações confidenciais sejam expostas a agentes não autorizados, o que pode ser explorado por um invasor para obter acesso privilegiado dentro de uma rede corporativa.
O problema se origina na forma como determinados fluxos automatizados tratam dados sensíveis durante a execução. Se explorada com sucesso, a falha possibilita a coleta de credenciais, tokens ou outras informações estratégicas, criando uma brecha para a escalada de privilégios e movimentação lateral em ambientes conectados à nuvem da Microsoft.
Produtos afetados
A falha afeta o serviço Power Automate em configurações específicas, principalmente onde fluxos personalizados manipulam dados de usuários e sistemas com permissões elevadas. A Microsoft não detalhou publicamente todos os cenários de exploração, mas já disponibilizou atualizações de segurança e orientações para mitigar os riscos.
Gravidade, impacto e classificação CWE
Classificada com uma pontuação CVSS de 9.8, a CVE-2025-47966 representa uma ameaça crítica com alto potencial de exploração. Sua gravidade se deve à possibilidade de um atacante não autenticado acessar dados que deveriam estar restritos, comprometendo a confidencialidade e a segurança dos sistemas interconectados ao Power Automate.
A vulnerabilidade se enquadra na CWE-200 – Exposure of Sensitive Information to an Unauthorized Actor. Essa categoria engloba falhas em que dados confidenciais são expostos de maneira indevida, podendo ser aproveitados como ponto de partida para ataques mais complexos. No contexto do Power Automate, a exposição ocorre em fluxos que manipulam dados de forma imprópria ou sem os devidos controles de acesso.
Como mitigar a CVE-2025-47966?
A Microsoft lançou correções como parte do ciclo de atualizações de junho de 2025. Administradores devem garantir que os patches mais recentes foram aplicados em todos os ambientes que utilizam o Power Automate, especialmente aqueles com fluxos personalizados e integrações com múltiplos serviços.
Também é fundamental revisar os fluxos automatizados existentes, aplicar o princípio do menor privilégio e monitorar qualquer comportamento anômalo na execução desses fluxos. A auditoria contínua e a segmentação de acesso por função são medidas recomendadas para reduzir a superfície de ataque e evitar que dados sensíveis sejam manipulados de forma insegura.
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