Aprendizado e descoberta 2min de Leitura - 02 de setembro de 2024

O estado da tecnologia operacional e cibersegurança em 2024

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Com base no relatório sobre o Estado da Tecnologia Operacional (OT) e Cibersegurança de 2024, podemos ver um cenário bastante preocupante, mas ao mesmo tempo repleto de oportunidades para fortalecer as defesas cibernéticas em ambientes de OT. A cibersegurança em OT, que antes era tratada de forma secundária, tem ganhado uma importância significativa nos níveis mais altos de liderança nas organizações. E isso não é por acaso, dado o aumento significativo nas intrusões e nas ameaças direcionadas a esses sistemas.

Evolução das ameaças e desafios

No último ano, vimos uma evolução nas ameaças que atingem os sistemas OT. As organizações que operam em setores como manufatura, energia e saúde estão sob um risco constante, onde os atacantes estão cada vez mais sofisticados. De acordo com o relatório, houve um aumento expressivo nos ataques direcionados a sistemas de controle industrial (ICS) e OT, o que reflete a crescente vulnerabilidade desses ambientes.

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Fonte: Relatório Fortinet

Esse aumento nas ameaças está diretamente ligado à transformação digital que esses setores têm enfrentado. À medida que novas ferramentas e tecnologias são implementadas, surgem novas vulnerabilidades que não existiam anteriormente. Os sistemas OT, que historicamente eram isolados, agora estão mais conectados do que nunca, o que amplia a superfície de ataque e, consequentemente, os riscos cibernéticos.

A maturidade da segurança OT

Embora a segurança de OT tenha avançado, o relatório mostra que ainda há um longo caminho a percorrer. A responsabilidade pela segurança desses sistemas está cada vez mais caindo nas mãos de executivos de alto nível, como VPs e diretores de engenharia, o que indica que as organizações estão começando a reconhecer a importância crítica da segurança nesses sistemas.

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Fonte: Relatório Fortinet

No entanto, a maturidade em áreas chave ainda é insuficiente. Muitas empresas ainda lutam para ter visibilidade completa sobre seus ativos OT e para implementar controles eficazes que possam detectar e prevenir ataques antes que eles causem danos significativos. Essa falta de maturidade reflete-se também na crescente dificuldade em detectar e responder a ataques de ransomware, que se tornaram mais frequentes e sofisticados

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Fonte: Relatório Fortinet

Caminhos para o futuro

Diante desse cenário, é essencial que as organizações adotem uma postura proativa em relação à segurança OT. Algumas das melhores práticas sugeridas no relatório incluem a integração das operações de segurança OT com as de TI (SecOps), o que facilita uma resposta mais coordenada e eficaz a incidentes cibernéticos. Além disso, o uso de inteligência de ameaças específica para OT e de ferramentas baseadas em aprendizado de máquina pode ajudar a detectar e responder mais rapidamente às ameaças.

Outra recomendação importante é a implementação de segmentação de rede e o fortalecimento da arquitetura de segurança, começando com a criação de zonas de rede segmentadas. Isso não só ajuda a isolar possíveis ameaças, mas também a reduzir a complexidade geral do gerenciamento de segurança OT.

A segurança OT está em um ponto crítico. As organizações que operam sistemas de tecnologia operacional não podem mais ignorar os riscos que esses sistemas enfrentam. É necessário um esforço coordenado para amadurecer as posturas de segurança, investir em tecnologias avançadas e, principalmente, manter a vigilância constante. Só assim será possível mitigar os impactos das ameaças crescentes e garantir a continuidade e a integridade das operações em ambientes OT.

Este relatório serve como um alerta, mas também como um guia para as organizações que desejam se proteger e prosperar em um mundo cada vez mais digital e interconectado. É hora de agir e investir em segurança de OT com a seriedade que essa questão merece.

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