This post is also available in: Português Español
Ataques cibernéticos aumentaram muito. Dados mais precisos sobre a ação de hackers foram divulgados e mostram mais um lado negro da pandemia.
Março foi um mês que viu recordes e mais recordes serem quebrados nos registros de infectados e falecidos por conta do Coronavírus. Países como Espanha, Itália e Estados Unidos contam vítimas às centenas por dia, enquanto o Brasil tenta implantar medidas para evitar que o ritmo por aqui seja semelhante.
Sabe-se, porém, que a pandemia tem sido um prato cheio para hackers e cibercriminosos. Eles aproveitam o tema para espalhar softwares maliciosos que supostamente trazem informações sobre a COVID-19.
Contudo, não passam de armadilhas para furtar dados pessoais, senhas de banco e números de cartões de crédito – ou então tentar invadir os sistemas da Organização Mundial de Saúde (OMS) para roubar qualquer informação que pareça valiosa, como aconteceu há poucos dias.
Os números de ataques do tipo estão em forte crescimento. Números de tráfego do Reino Unido, por exemplo, trazem um aumento considerável nas atividades maliciosas das últimas quatro semanas em comparação com o mês anterior. Os ataques cibernéticos aumentaram 37% no mês de março em relação a fevereiro.
Houve dias em que empresas especializadas bloqueavam uma quantidade de ataques que é cerca de seis vezes maior do que o normal.
Um dos fatores do aumento foi resultado de hackers “recreativos”, com mais tempo disponível e que não necessariamente visam o lucro – tendo a atividade como uma espécie de hobby que os encanta pelo desafio. Entretanto, causam estragos e ajudam a engrossar as estatísticas negativas.
Os cibercriminosos profissionais também estão usando o tema a todo vapor. As tentativas de phishing por parte deles aumentaram mais de 600% desde o final de fevereiro, incluindo golpes contra pessoas físicas e jurídicas, envolvendo e-mails comerciais e de uso particular.
As instituições de registro de domínio de sites estão intensificando os esforços para interromper o registro automático de qualquer nome vinculado a COVID-19, por receio de que sejam sites de phishing ou que vendam produtos falsificados, como máscaras cirúrgicas e produtos farmacêuticos.
A Interpol anunciou na semana passada que já havia conseguido apreender US$ 14 milhões em itens falsificados.
Além do aumento dos níveis de ameaças à segurança digital, houve um crescimento de 17% no uso da Internet em geral, já que a maioria dos países recomenda que as pessoas fiquem em casa, o que leva ao trabalho através de home offices. É um percentual relevante, ao qual os hackers estão atentos.
Por isso, é fundamental reforçar as dicas para driblar contratempos do tipo. Nunca clique em links recebidos por SMS, aplicativos de mensagens ou e-mails contendo promessas de benefícios sem antes checar sua veracidade – mesmo se vierem de contatos conhecidos.
Conforme cresce a epidemia, crescem as mensagens falsas prometendo a distribuição gratuita de itens como álcool 70%, máscaras, vacinas e até mesmo receitas caseiras para se livrar do Coronavírus.
Isso inclui listas de famosos falecidos, textos com teorias conspiratórias e nomes de pessoas da sua cidade que estão infectadas. É sempre importante lembrar que a informação correta e constante é uma das melhores armas em épocas como esta.