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É cada vez mais comum colaboradores realizarem tarefas, associadas ao trabalho, através de dispositivos pessoais, celulares, tablets e notebooks. Fazer uso de dispositivos pessoais, para fins corporativos, recebe o nome: BYOD (bring your own device), em uma tradução literal, traga seu próprio dispositivo. Empresas que adotam este modelo dão liberdade para que colaboradores utilizem dispositivos próprios, dispensando o uso dos recursos tecnológicos oferecidos pela empresa.
O movimento BYOD começou há cerca de oito anos, com o lançamento do iPhone, ganhando força em 2010, quando a Apple disponibilizou funcionalidades corporativas no sistema operacional (iOS). Depois disso, a adoção da prática cresceu exponencialmente. Aqui no Brasil, 40% das empresas permitem que colaboradores levem dispositivos pessoais para o ambiente corporativo. Os principais motivos que levam as organizações a adotarem o BYOD são o aumento da produtividade, satisfação dos colaboradores e redução de custos com compra e manutenção de equipamentos.
Terminologias BYOT, BYOP e BYOPC?
O conceito BYOD, possui variações, de acordo com o tipo de dispositivo utilizado em ambiente corporativo, recebendo siglas específicas, tal como apresentado abaixo:
- BYOT – Bring your own technology: Traga sua própria tecnologia
- BYOP – Bring your own phone: Traga seu próprio smartphone
- BYOPC – Bring your own PC: Traga seu próprio computador
Desafios do BYOD
Assim como o modelo traz benefícios, ele também aumenta a pressão no que tange manutenção da segurança destes dispositivos, incluindo ataques de variados tipos, ação de vírus e risco de perda de dados ou vazamento de informações. Proteger os dados da empresa talvez seja o maior desafio de qualquer programa BYOD. Neste sentido, é de suma importância implementar técnicas para minimizar as chances de ocorrência de sinistros.
Dentre as opções que a empresa possui para evitar problemas de segurança, podemos ressaltar a limitação de acesso dos colaboradores a determinadas informações e arquivos, através da aplicação de soluções de segurança com foco no perímetro e endpoint, além da contratação de outros serviços especializados.
Sabendo da importância de investir em ferramentas que tornem o ambiente mais seguro, cerca de 70% das empresas, que têm alguma política de segurança, planejam aumentar os investimentos na área nos próximos meses, sendo que 57% delas esperam ampliar o valor investido em 10%.
Além da implantação de soluções de segurança, a empresa deve desenvolver política de uso dos recursos tecnológicos, garantindo aderência das normas de segurança com o conceito de BYOD. Embora o conceito esteja em pleno crescimento, uma boa parte das organizações, que adotam o modelo, não possuem diretrizes formalizadas para orientar colaboradores sobre a utilização dos dispositivos pessoais em ambiente corporativo.
Outra preocupação dos gestores está relacionada as implicações legais para o uso de dispositivos particulares com finalidade trabalhista, como:
- Privacidade;
- Risco de conteúdo indevido ou ilícito no dispositivo;
- Discussão de hora extra e sobreaviso;
- Segurança da Informação;
- Danos ao equipamento.
Isso significa que a empresa não pode apenas liberar o uso de equipamentos pessoais para fins corporativos, mas necessita criar uma política de uso que compreenda todos os riscos legais que a mudança pode representar. O documento deve elencar todas as diretrizes de uso, enfatizando a propriedade do equipamento, requisitos de segurança que devem ser cumpridos, limites de uso e obrigações.
Sua empresa trabalha com BYOD? Existe uma política de segurança definida para uso do modelo? Deixe suas experiências nos comentários!
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