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As ameaças cibernéticas estão em constante evolução, por isso, proteger sistemas e dados não é mais uma preocupação atribuída a grandes empresas, mas sim, uma necessidade de boa parte dos negócios que dependem de dados e tecnologia para continuarem competitivos.
A segurança da informação tornou-se um desafio complexo, exigindo não apenas tecnologia avançada, mas também comportamentos e práticas eficazes, voltadas para segurança da informação. Neste contexto, os Controles CIS (Center for Internet Security) surgem como um guia essencial para as empresas que buscam fortalecer suas defesas contra ataques cibernéticos.
Os Controles CIS são um conjunto abrangente de práticas recomendadas que ajudam as organizações a identificar, proteger, detectar, responder e recuperar-se de ameaças cibernéticas. Organizados de forma a atender diferentes tamanhos e tipos de empresas, esses controles são reconhecidos mundialmente por sua eficácia na mitigação de riscos.
Entre os diversos controles CIS propostos, destaca-se a Gestão contínua de vulnerabilidades, um componente vital para garantir que as organizações mantenham uma postura de segurança robusta e proativa.
Neste post, exploraremos em detalhes o que são os Controles CIS, sua importância, como são organizados, e aprofundaremos no controle 7, Gestão contínua de vulnerabilidades. Vamos entender por que este controle é crítico, os procedimentos e ferramentas utilizados, e as medidas de segurança envolvidas para manter as vulnerabilidades sob controle.
Controles CIS V8
Os Controles CIS (Center for Internet Security) são um conjunto de práticas recomendadas para a cibersegurança, desenvolvidos para ajudar as organizações públicas e privadas a protegerem seus sistemas e dados contra ameaças. Eles são amplamente reconhecidos e utilizados por organizações ao redor do mundo devido à sua eficácia em mitigar riscos cibernéticos.
Os Controles CIS são organizados em três grupos de implementação (IGs), que ajudam a priorizar ações de segurança de acordo com os recursos e necessidades da organização. Esses controles são revisados e atualizados regularmente para acompanhar as mudanças no panorama de ameaças e nas tecnologias.
Organização dos Controles CIS
Os Controles CIS são organizados em três níveis de implementação:
IG1 (Implementation Group 1): Destinado a pequenas e médias empresas com recursos limitados. Foca nos controles mais essenciais para proteger contra ameaças comuns.
IG2 (Implementation Group 2): Para organizações de médio porte que possuem mais recursos e precisam de uma proteção mais abrangente.
IG3 (Implementation Group 3): Voltado para grandes organizações com necessidades complexas de segurança, que enfrentam ameaças sofisticadas.
Cada controle é projetado para ser aplicável e eficaz, independentemente do tamanho da organização, mas a profundidade e a complexidade da implementação variam de acordo com o grupo de implementação.
Controle 7: Gestão contínua de vulnerabilidades
Por que este controle é crítico?
A Gestão contínua de vulnerabilidades é fundamental porque os cibercriminosos estão constantemente em busca de vulnerabilidades na infraestrutura das organizações para explorá-las e obter acesso não autorizado.
Este controle exige que as organizações desenvolvam e mantenham um plano para avaliar e rastrear vulnerabilidades de maneira contínua em todos os ativos corporativos. A ideia é reduzir a janela de exposição para os atacantes, monitorando fontes públicas e privadas para novas informações sobre ameaças e vulnerabilidades.
As equipes de defesa cibernética devem estar cientes de atualizações de software, patches, avisos de segurança e boletins de ameaças. A identificação e a remediação de vulnerabilidades antes que os atacantes possam explorá-las é uma tarefa contínua e crucial. Além disso, os atacantes frequentemente aproveitam as vulnerabilidades mais rapidamente do que as empresas conseguem corrigi-las. Esse controle ajuda as organizações a priorizarem as vulnerabilidades que têm maior impacto ou são mais suscetíveis a exploração.
Procedimentos e ferramentas utilizadas
Para a implementação eficaz do controle de Gestão contínua de vulnerabilidades, diversas ferramentas e procedimentos são recomendados:
- Ferramentas de varredura de vulnerabilidades:
Utilizadas para avaliar a configuração de segurança dos ativos corporativos. Estas ferramentas devem ser capazes de mapear vulnerabilidades para esquemas reconhecidos pela indústria, como Common Vulnerabilities and Exposures (CVE), Common Configuration Enumeration (CCE) e Common Vulnerability Scoring System (CVSS)
- Varreduras autenticadas:
Ferramentas avançadas de varredura que utilizam credenciais de usuário para realizar avaliações mais abrangentes dos ativos corporativos. Estas varreduras permitem uma análise detalhada das configurações de segurança e identificam alterações não autorizadas.
Medidas de segurança envolvidas
As medidas de segurança para o controle de Gestão contínua de vulnerabilidades incluem:
- Monitoramento contínuo:
As organizações devem monitorar constantemente suas infraestruturas para detectar novas vulnerabilidades e ameaças. Isso envolve a análise regular de boletins de segurança e a aplicação de patches e atualizações conforme necessário.
- Avaliação de risco:
Antes de aplicar patches, as empresas devem avaliar o risco associado a cada vulnerabilidade, considerando a probabilidade de exploração e o impacto potencial na organização.
- Automação:
Ferramentas automatizadas podem ajudar a realizar varreduras regulares e a atualizar as informações de vulnerabilidades, mantendo o processo escalável e eficiente.
- Análise de tendências:
Comparar os resultados das varreduras atuais com as anteriores para avaliar como as vulnerabilidades mudam ao longo do tempo e ajustar as estratégias de segurança conforme necessário.
A Gestão contínua de vulnerabilidades é um componente crítico da cibersegurança, essencial para proteger as organizações contra ameaças em constante evolução. Utilizando as ferramentas e procedimentos apropriados, as organizações podem identificar e corrigir vulnerabilidades de forma proativa, minimizando o risco de exploração e garantindo a segurança de seus ativos corporativos. A implementação eficaz deste controle contribui significativamente para a resiliência cibernética e a proteção dos dados e sistemas da organização.
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